ATA DA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 22-02-2006.
Aos vinte e dois dias do mês de fevereiro do ano de
dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Claudio
Sebenelo, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib,
João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maristela Maffei, Mônica Leal,
Professor Garcia e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, José Ismael Heinen, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste,
Mario Fraga, Maurício Dziedricki, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Informação nos 045, 046 e
047/06 (Processos nos 0816, 0817 e 0818/06, respectivamente) e o
Projeto de Lei do Legislativo nº 024/06 (Processo nº 0760/06); pelo Vereador
Alceu Brasinha, os Pedidos de Providência nos 2981, 2989, 2990/05,
086, 087, 153, 154, 155, 201 e 202/06 (Processos nos 7302, 7375,
7376/05, 0445, 0448, 0587, 0588, 0589, 0719 e 0720/06, respectivamente); pelo
Vereador Almerindo Filho, o Pedido de Providência nº 165/06 (Processo nº
0612/06) e a Indicação nº 002/06 (Processo nº 0613/06); pela Vereadora
Margarete Moraes, os Pedidos de Providência nos 2984/05, 150, 167,
168, 169, 205 e 206/06 (Processos nos 7358/05, 0584, 0623, 0624,
0625, 0755 e 0756/06, respectivamente), os Pedidos de Informação nos
328, 333/05, 013, 032 e 048/06 (Processos nos 7205, 7297/05, 0427,
0627 e 0819/06, respectivamente) e os Projetos de Resolução nos
155/05, 022 e 023/06 (Processos nos 7126/05, 0028 e 0029/06,
respectivamente); pelo Vereador Nereu D'Avila, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 003/06 (Processo nº 0840/06); pela Vereadora Neuza Canabarro, o
Pedido de Informação nº 049/06 (Processo nº 0839/06); pelo Vereador Professor
Garcia, a Indicação nº 003/06 (Processo nº 0883/06). Também, foram apregoados
os seguintes Ofícios, do Senhor Eliseu Santos, Prefeito Municipal de Porto
Alegre, em exercício: de nº 126/06, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo
nº 002/06 (Processo nº 0859/06); de nº 127/06, encaminhando o Projeto de Lei do
Executivo nº 003/06 (Processo nº 0860/06); de nº 128/06, encaminhando o Projeto
de Lei do Executivo nº 004/06 (Processo nº 0861/06). Do EXPEDIENTE, constaram:
Ofícios nos 022/06, do Senhor Ruben Danilo de Albuquerque Pickrodt,
Superintendente de Negócios Substituto da Caixa Econômica Federal – CEF; 051 e
060/06, do Senhor Paulo César Hack, Gerente de Desenvolvimento Urbano da
Gerência de Apoio ao Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal; 421/06,
do Senhor José Carlos Silva de Deus, Diretor-Geral do Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o Senhor Presidente determinou a distribuição
em avulsos de cópias da Ata da Sessão de Instalação da Segunda Sessão
Legislativa Ordinária, que deixou de ser votada, em face da inexistência de
quórum deliberativo. Também, o Senhor Presidente convidou a todos para a “2ª Semana
de Prevenção das LER/DORT”, a ser realizada de hoje a vinte e quatro de fevereiro
do corrente, nesta Casa. A seguir, o Senhor Presidente registrou a presença do
Professor de Educação Física Dionio Kötz, concedendo a palavra a Sua Senhoria,
que prestou esclarecimentos acerca da prevenção e dos sintomas de lesões
resultantes de esforço repetitivo. Às quatorze horas e treze minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e
vinte e um minutos, constatada a existência de quórum. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 025/97, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 177/99, 197, 270 e 285/01, este discutido
pelo Vereador Raul Carrion, 114 e 134/03, 320, 321, 317/05, este discutido pelo
Vereador João Antonio Dib, 189 e 230/05, discutidos pelo Vereador Raul Carrion,
o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 030/02, discutido pelo
Vereador João Antonio Dib; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 002/04, discutido pela Vereadora Margarete Moraes e
pelos Vereadores Claudio Sebenelo e Raul Carrion, e 036/05, discutido pelo Vereador
Raul Carrion, os Projetos de Lei do Legislativo nos 073, 316, 318,
310/05, este discutido pela Vereadora Margarete Moraes, 324 e 325/05,
discutidos pelo Vereador José Ismael Heinen, os Projetos de Resolução nos
153 e 156/05, este discutido pelo Vereador José Ismael Heinen, e 015/06,
discutido pela Vereadora Margarete Moraes, os Projetos de Lei Complementar do
Executivo nos 014 e 015/05. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Márcio Bins Ely registrou sua presença no ato de assinatura da Ordem de Serviço
que liberou recursos para a recuperação da Escola Estadual de Ensino
Fundamental Três de Outubro, agradecendo a colaboração do Secretário Estadual
de Educação, José Fortunati, para a melhoria dessa instituição. Nesse sentido,
ressaltou que, para o Partido Democrático Trabalhista, a educação é essencial
para o desenvolvimento do Brasil. Na oportunidade, o Vereador Nereu D'Avila
formulou Requerimento verbal, solicitando que o Deputado Federal Pompeu de
Matos seja convidado a esta Casa para discussão da Proposta de Emenda à
Constituição nº 333/04, tendo o Vereador Adeli Sell se manifestado sobre o assunto.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Manuela d'Ávila discorreu acerca da
notícia de que vinte e sete por cento dos jovens brasileiros não trabalham nem
estudam, discordando da surpresa demonstrada por Parlamentares e veículos de comunicação
com esse fato. Ainda, sublinhou a necessidade de se incluir essa parcela da
população no projeto de desenvolvimento nacional, elogiando medidas do Governo
Federal e da Secretaria Municipal da Juventude nesse sentido. O Vereador
Maurício Dziedricki discutiu o Projeto de Lei do Legislativo nº 318/05, que
dispõe sobre a criação da linha de ônibus inter-hospitais, argumentando que
esse itinerário facilitará o acesso de usuários à rede pública de saúde em
Porto Alegre. Em relação ao assunto, relatou visita ao Município de Curitiba,
no Paraná, onde iniciativa semelhante foi implantada, e salientou que o Senhor Pedro
Gus, Secretário Municipal da Saúde, mostrou-se favorável a esse Projeto. O
Vereador José Ismael Heinen noticiou o laudo da Polícia Civil do Distrito
Federal, que comprovou a falsidade da assinatura do Senhor Tarso Genro em
documento encaminhado à Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, afirmando
que a denúncia feita pelo Partido dos Trabalhadores tinha a intenção de
intimidar o Deputado Federal Ônix Lorenzoni. Nesse contexto, realçou a
necessidade de se acabar com a impunidade para que o Brasil alcance o
desenvolvimento necessário. O Vereador Carlos Comassetto aludiu às pesquisas de
intenção de voto para a próxima eleição governamental no Rio Grande do Sul, lideradas
pelo Senhor Olívio Dutra, mencionando entrevista concedida pelo Senhor Paulo
Afonso Feijó para a Revista Voto, na qual é criticado o Governo Estadual.
Ainda, citou reportagem do jornal Folha de São Paulo sobre a aceitação do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e exaltou conquistas e mudanças promovidas
pelo Governo Federal. O Vereador Haroldo de Souza avaliou o desempenho desta
Casa nos últimos anos, frisando que a função básica do Legislativo Municipal é
a busca de soluções para os principais problemas da Cidade. Igualmente,
repudiou críticas que vêm sendo efetuadas por Parlamentares da Bancada do
Partido dos Trabalhadores à gestão do Senhor Germano Rigotto como Governador do
Estado, lembrando casos de corrupção divulgados pela imprensa, envolvendo
integrantes do atual Governo Federal. O Vereador João Antonio Dib leu trechos do artigo 229
do Regimento, que conceitua e normatiza os pronunciamentos em Comunicação de
Líder. Quanto ao assunto, afirmou que se observa o uso excessivo e inadequado
desse dispositivo, pois os temas abordados pelo Parlamentares não são avaliados
previamente pelo Senhor Presidente e muitas vezes não se caracterizam como
“urgentes e de excepcional importância”, conforme preceitua o Regimento. A
Vereadora Maristela Maffei analisou questões inerentes aos descontos
partidários efetuados em folhas de pagamento, declarando que essa prática,
quando não abusiva, se constitui em medida de transparência política e
ideológica. Também, manifestou-se contrariamente ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 317/05, de autoria do Vereador Elias Vidal, que disciplina o
horário de funcionamento das atividades de bares, restaurantes, lanchonetes e
similares que servem bebidas alcoólicas. A Vereadora Clênia Maranhão elogiou
ações realizadas ontem pelo Ministério Público em onze Estados brasileiros,
como parte da operação internacional denominada “Azahar”, de combate à
pedofilia na Internet. Ainda, divulgou projetos socioculturais desenvolvidos
pelo Município, citando a Feira do Material Escolar, a restauração da Fonte Talavera de
La Reina,
programas de preservação ambiental e atividades de inclusão social de moradores
de rua e portadores de necessidades especiais. O Vereador Claudio Sebenelo
discorreu sobre problemas observados na zona central de Porto Alegre,
defendendo medidas públicas para reestruturação dessa área, com vistas a seu
melhor aproveitamento pela população. Nesse sentido, saudou projeto
desenvolvido pela Fundação Cinema RS – FUNDACINE – e pela Secretaria Municipal
de Cultura, de recuperação do prédio do antigo Cine Theatro Capitólio,
localizado na esquina da Rua Demétrio Ribeiro com a Avenida Borges de Medeiros.
A seguir,
constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Foi aprovado
Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando Licença para
Tratar de Interesses Particulares do dia primeiro ao dia dezenove de março do
corrente, após ser encaminhado à votação pela Vereadora Sofia Cavedon e pelos
Vereadores Paulo Odone, Cláudio Sebenelo, José Ismael Heinen, Bernardino
Vendruscolo, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Raul Carrion e Sebastião Melo.
Após, foram aprovados Requerimentos verbais de autoria do Vereador Dr. Goulart,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia, conforme deliberado pelo Colégio de Líderes, e solicitando votação
conjunta dos Projetos de Resolução nos 119, 138, 139, 140 e 141/05. Na ocasião, o Senhor Presidente, em face de
Questão de Ordem formulada pela Vereadora Clênia Maranhão, prestou informações
sobre o teor dos Projetos de Resolução acima referidos, e, em face de Questão
de Ordem e manifestações formuladas pelo Vereador Mario Fraga, prestou
informações acerca da ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia.
Também, o Vereador Raul Carrion formulou Requerimento verbal, solicitando que a
relação da ordem dos Projetos priorizados para apreciação nas Sessões desta
Casa seja distribuída a todos os Senhores Vereadores. Em Discussão Geral e
Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de
Resolução nos 119, 138, 139, 140 e 141/05. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 131/05, por vinte e sete
votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Márcio Bins Ely, Raul Carrion,
Mario Fraga, José Ismael Heinen, Maurício Dziedricki e Margarete Moraes e encaminhado
à votação pelos Vereadores Márcio Bins Ely e João Antonio Dib, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Márcio Bins Ely, tendo votado os Vereadores Alceu
Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Mario Fraga, Maurício Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Professor
Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Na oportunidade, o Vereador
Adeli Sell registrou sua intenção de votar favoravelmente ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 131/05. Também, o Senhor Presidente prestou informações acerca
da forma de definição e distribuição das listagens dos Projetos priorizados
para apreciação, tendo se manifestado a respeito a Vereadora Manuela d’Ávila e
os Vereadores Raul Carrion e Mario Fraga. Ainda, o Senhor Presidente
manifestou-se acerca da possibilidade de realização, amanhã, de reunião da Mesa
Diretora com o Colégio de Líderes, para definição da matéria a ser apreciada
nas Sessões dos dias primeiro e dois de março do corrente. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº
321/03, considerando-se prejudicado o Projeto original e a Emenda a ele aposta.
Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 030/05,
o qual, após ser discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini e Adeli Sell,
teve sua discussão adiada por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de
autoria do Vereador Carlos Todeschini. Na oportunidade, por solicitação do
Vereador Raul Carrion, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma
ao Senhor Omar Siqueira, ex-dirigente da União das Associações de Moradores de
Porto Alegre – UAMPA, falecido no dia de ontem. Às dezessete horas e quarenta
minutos, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Margarete
Moraes, Haroldo de Souza e Valdir Caetano e secretariados pelo Vereador Haroldo
de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada
a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por
mim e pelo Senhor Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não é toda Mesa que tem a sorte de ter como
Secretário, anunciando as proposições, um homem com uma voz do tipo da do Ver.
Haroldo de Souza, o nosso profissional da voz!
Meus senhores, a LER, que significa Lesões por
Esforços Repetitivos, e o DORT, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho, devem-se a atitudes repetitivas, e por isso, às vezes, o trabalho é
uma fonte de doença - más posturas do corpo que acontecem principalmente por
falta de consciência da necessidade de atividade física sistemática.
Com intuito de esclarecer essa situação, existe
a Semana da consciência sobre LER e DORT. Mas, agora, aqui para nós, para
envolvimento do Plenário com essa situação que tira tanta gente do trabalho, o
Professor Dionio Kötz - a convite do Ver. Professor Garcia - vai fazer uma
pequena demonstração dessa conscientização, já alusiva ao anúncio da 2ª Semana
Educativa de Prevenção das LERT/DORT: “Conscientizar para Prevenir”.
O Professor Dionio está com a palavra, vai
apresentar um pouquinho do que deve ser feito.
O SR. DIONIO
KÖTZ: Boa-tarde,
primeiramente meus cumprimentos ao Presidente, a todos os Vereadores; a esta
Câmara meus cumprimentos por esse evento, que é uma coisa importantíssima. Em
especial quero cumprimentar o Ver. Garcia e todas as entidades que estão
apoiando esse evento. Por intermédio do Conselho Regional de Educação Física e
da Associação dos Profissionais de Educação Física, eu saúdo todas as entidades
que colaboraram ou que estão colaborando com esse evento.
Acho que esclarecimentos maiores serão dados
durante o evento, então vou me ater um pouco mais a alguma movimentação do
nosso corpo, porque a LER, geralmente, é oriunda principalmente da falta da
atividade física sistemática e também, claro, dos esforços repetitivos. A gente
pensa, muitas vezes, que é por causa do excesso de força que esses problemas
surgem, mas não, surgem muito pelas repetições e, principalmente, repetições de
movimentos que a gente chama de motricidade fina. Por exemplo: usar uma caneta,
escrever muito, assinar muitos documentos ou ficar horas sentado à mesa, lendo,
em posturas inadequadas, forçando a coluna cervical e a coluna dorsal. É
geralmente através desses movimentos, dessas posturas que se originam as
lordoses, as lombalgias, as cervicalgias, as cifoses, as tendinites e assim por
diante. Como os senhores trabalham com muita documentação, vamos iniciar uma movimentação.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Professor, suspenderemos a Sessão Plenária por
um período de oito minutos para que sejam apresentados alguns exemplos de
movimento, e, se algum Vereador quiser se exercitar, que o faça.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h13min.)
(É feita a demonstração dos exercícios físicos.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart - 14h21min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N. 3011/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 025/97, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que reduz o pagamento do IPTU e do ISSQN de toda a pessoa
física que assumir, oficialmente, menores ou adolescentes abandonados ou
desassistidos, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, no Município
de Porto Alegre.
PROC.
N. 3299/99 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 177/99, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que
assegura à criança portadora de deficiência física, mental ou sensorial
prioridade de vaga em escola da rede pública municipal. Com Emendas nos. 01
e 02.
PROC.
N. 2976/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 197/01, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que dispõe sobre a obrigatoriedade de ser feita a coleta de preventivo
de câncer de colo uterino em 80% das mulheres que compareçam em qualquer posto
de saúde que compõe a rede de atendimento do Município de Porto Alegre.
PROC.
N. 4240/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 285/01, de autoria dos Vereadores Dr. Goulart e
Maria Luiza, que autoriza o Poder Executivo a implantar quatro postos de
atendimento à saúde 24 horas, distribuídos nos pontos de maior densidade
populacional, nas áreas norte, sul, leste e oeste do Município. Com
Substitutivo n. 01.
PROC.
N. 0806/02 - SUBSTITUTIVO N. 01, de autoria do Ver. Luiz Braz, que disciplina a
circulação de veículos de tração animal no Município de Porto Alegre e dá
outras providências, ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 030/02, de autoria do
Ver. Nereu D'Avila. Com Emendas nos. 01 a 07 ao Projeto. Com
Subemenda n. 01 à Emenda n. 06 ao Projeto. Com Emendas nos. 01 e 02 ao
Substitutivo n. 01. Com Subemenda n. 01 à Emenda n. 01 ao Substitutivo n. 01.
PROC.
N. 4017/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 270/01, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
altera a denominação da classe Auxiliar de Laboratório e Análises do grupo
Saúde e Assistência, constante no Anexo I-A da Lei n. 6.309, de 28 de dezembro
de 1988, e alterações posteriores (Plano de Carreira dos Funcionários da
Administração Centralizada do Município).
PROC.
N. 2454/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 114/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que
institui o serviço de analgesia de parto nas maternidades do SUS, no Município.
Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 2723/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 134/03, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que
autoriza o Executivo Municipal a exigir das empresas contratadas para realizar
a construção de equipamentos ou similares do Município o aproveitamento de, no
mínimo, 51% da mão-de-obra local.
PROC.
N. 4074/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 189/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que
institui o Programa Municipal de Fomento ao Teatro e Dança para a cidade de
Porto Alegre e dá outras providências.
PROC.
N. 4824/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 230/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que
dispõe sobre a utilização de viadutos e muros das escolas públicas municipais
para aplicação de arte em grafite.
PROC.
N. 7006/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 317/05, de autoria do Ver. Elias Vidal, que
disciplina, no Município, o horário de funcionamento das atividades de bares,
restaurantes, lanchonetes e similares que servem bebidas alcoólicas e dá outras
providências.
PROC.
N. 7039/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 320/05, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que dispõe sobre o uso do Gás Natural Veicular nos veículos do
Poder Público Municipal.
PROC.
N. 7040/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 321/05, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que cria o Programa de Adequação da Frota de Veículos do Poder
Público Municipal ao uso do Gás Natural Veicular.
2.ª SESSÃO
PROC.
N. 0942/04 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 002/04, de autoria do
Ver. Cláudio Sebenelo, que proíbe, nos órgãos ou entidades da Administração
Pública e concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, o desconto
em folha de pagamento em favor de agremiação partidária.
PROC.
N. 1494/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 073/05, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que dispõe sobre a obrigatoriedade de colocação de bóias
de advertência nas redes de pesca produzidas, comercializadas ou utilizadas, no
Município de Porto Alegre.
PROC.
N. 4768/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 036/05, de autoria do
Ver. Aldacir
Oliboni, que autoriza o Executivo Municipal a instituir o Conselho Municipal do
Artesanato, criar Comissão Provisória destinada a organizar a 1ª Conferência
Municipal do Artesanato e dá outras providências. Com Emenda n. 01. Com
Substitutivo n. 01.
PROC.
N. 6771/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 310/05, de autoria do
Ver. Alex
da Banca, que permite o tráfego de táxis nos corredores de ônibus com a
finalidade de prestar socorro à população em casos de emergência.
PROC.
N. 7004/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 316/05, de autoria do
Ver. Elói
Guimarães, que institui a Caminhada da Bandeira, a ser realizada concomitante
com as comemorações oficiais do Dia da Bandeira, que passa a integrar o
Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
PROC.
N. 7014/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 318/05, de autoria do
Ver. Maurício
Dziedricki, que dispõe sobre a criação da linha de ônibus inter-hospitais. Com
Emenda n. 01.
PROC. 7059/05 – PROJETO
DE RESOLUÇÃO N. 153/05,
de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que concede o título honorífico de Líder
Esportivo ao Senhor Fernando Chagas Carvalho Neto.
PROC.
N. 7150/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 324/05, de autoria do
Ver. José
Ismael Heinen, que inclui o Campeonato “Taça Farroupilha de Bocha”, realizado
pelo Clube Independente, a cada quatro anos, na programação oficial da Semana
Farroupilha.
PROC.
N. 7151/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 325/05, de autoria do
Ver. José
Ismael Heinen, que institui a Semana de Conscientização de Utilização da Faixa
de Segurança, que será realizada, anualmente, na 1ª semana de março.
PROC. 7182/05 – PROJETO
DE RESOLUÇÃO N. 156/05,
de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que denomina Soldado Expedicionário
Arthur Lourenço Stark o acesso de veículos à Câmara Municipal de Porto Alegre.
PROC.
N. 7230/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 014/05, que dispõe sobre a aprovação e
licenciamento de projetos para habitações de interesse social referente aos
programas que venham a atender a demanda habitacional prioritária (DHP)
conforme dispõe o § 3º do art. 22 da Lei Complementar n. 434/99 e a Lei
Complementar n. 284/92.
PROC.
N. 7232/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 015/05, que dispõe sobre o parcelamento do solo
sob a forma de loteamento para atender ao Programa de Arrendamento Residencial
– PAR da Caixa Econômica Federal, ao Programa Habitacional de acordo com a
Resolução 460 do FGTS, ambos da Caixa Econômica Federal e outros programas
oficiais que venham a atender a Demanda Habitacional Prioritária (DHP) em
conformidade com o § 3º do art. 22 da Lei Complementar n. 434/99 e dá outras
providências.
PROC.
0018/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 015/06, de autoria do Ver. Carlos
Comassetto, que concede o Prêmio de Jornalismo Carmem da Silva à Radialista
Beatriz Fagundes.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na segunda-feira,
primeiro dia de Pauta desta Sessão Legislativa, nós tivemos onze Projetos de
Lei do Legislativo e dois Projetos do Executivo, totalizando treze Projetos.
Hoje, segundo dia de Pauta, temos treze Projetos, todos eles de V. Exas., os
Srs. Vereadores.
Para mim a adoção é
uma prova de amor tão grande, mas tão grande, que talvez seja maior do que o
amor que a mãe e o pai dedicam ao filho natural. Vejo aqui o Ver. Nereu D’Avila
propondo reduzir o pagamento do IPTU e do ISSQN - um ou outro - para aqueles
que assumirem oficialmente menores ou adolescentes abandonados ou
desassistidos, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente, no Município
de Porto Alegre. Alguém que pague 500 reais de IPTU, 800 reais de IPTU vai ter
um desconto de 40% por fazer uma adoção. Eu acho até que é agressivo, é
ofensivo a quem vai fazer a adoção. Adoção se faz por amor e não pelo desejo de
obter vantagem de pagar menos ISSQN ou IPTU. Isso não tem sentido! Não tem
sentido! A matéria já foi Lei Complementar promulgada pela Câmara, já foi
discutida na Justiça, já foi declarada inconstitucional. Depois as leis mudam,
os homens mudam, e agora parece que se pode fazer, mas isso continua
sendo um absurdo. Amor é amor, não tem preço!
O Ver. Luiz Braz apresenta um Substitutivo a um
Projeto que trata das carroças. O Projeto é do Ver. Nereu D’Avila e é do ano de
2002. O primeiro Processo, o do Ver. Nereu D’Avila, era de 1997, este é de
2002. Eu acho que nós temos de encontrar uma solução para as carroças. O Ver.
Sebastião Melo já apresentou um Projeto de extinção paulatina da utilização da
carroça. O Ver. Luiz Braz já teve um Projeto, aprovado na Câmara, proibindo a
circulação das carroças, e parece que isso está mantido ainda na área da 1ª
Perimetral. Ele volta, foi considerado inconstitucional, procura até melhorar,
mas eu acho que nós tínhamos de somar os esforços. O Ver. Sebastião Melo tem um
Projeto, vamos somar em cima do seu Projeto, e não ficar com três Projetos para
depois não fazermos nenhum.
O que não pode continuar acontecendo é que Porto
Alegre tenha cada vez mais carroças e que essas desrespeitem todas as regras de
trânsito, até porque uma regra fácil de resolver seria aquela que o Código
Nacional de Trânsito diz: “Numa via de 60 quilômetros por hora de velocidade
máxima, a velocidade mínima deve ser 30, e quem não estiver a 30 quilômetros
por hora é multado”. Como não se pode multar as carroças, então a coisa fica
realmente difícil.
O Ver. Elias Vidal quer disciplinar, no
Município de Porto Alegre, o horário de funcionamento das atividades de bares,
restaurantes, lanchonetes e similares que servem bebidas alcoólicas. Ele quer
que às 22h sejam fechados bares, lanchonetes e similares que sirvam bebidas
alcoólicas, localizados em áreas predominantemente residenciais, e que, após as
24h, os demais grupos de atividades sejam fechados - isso não se refere mais
tão-somente à venda de bebidas alcoólicas nas calçadas; refere-se a todo
fornecimento de bebida alcoólica pelos bares, lanchonetes e restaurantes;
depois das 22h ou 24h, isso não deverá mais acontecer.
Portanto, o nosso problema, Srª Presidenta, Verª
Margarete Moraes, não é falta de leis, é excesso delas. Nós poderíamos passar
da legislação para a ação e resolveríamos muitos dos problemas que nós temos em
Porto Alegre. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao Ver. João Antonio Dib a
manifestação.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Presidenta, Verª Margarete Moraes; nobres Vereadoras e Vereadores, público que
nos assiste, telespectadores da TVCâmara, tenho em Pauta três Projetos, um
inclui a Taça Farroupilha de Bocha, realizada pelo Clube Independente a cada
quatro anos no programa oficial da Semana Farroupilha. Essa é uma das
competições, talvez, mais lindas que a bocha do Estado do Rio Grande do Sul tem
em seu calendário, tanto que ela é realizada de quatro em quatro anos e só
participam equipes que foram campeãs brasileiras. E ela é um rescaldo de tempos
atrás, quando Porto Alegre comemorou, e foi recomendado que todas as
Secretarias, em todos os esportes, fizessem uma competição oficial em homenagem
à Cidade, e a única que permanece até hoje, sendo realizada de quatro em quatro
anos, é a Taça Farroupilha. O torneio início deste ano, da Federação de Bocha,
será nos dias 17 a 19 de março, já faz parte do calendário oficial, e teremos a
presença do nosso Prefeito.
Um outro Projeto institui a Semana de
Conscientização da Utilização de Faixas de Segurança, que será realizada,
anualmente, na primeira semana de março. Quem anda e dirige em Porto Alegre e
transpassa faixas de segurança, ou se aproxima de faixa de segurança, sente a
insegurança, tanto do pedestre quanto do motorista. A gente vê transeuntes
caminhando pela faixa de segurança, e, quando o carro está vindo, eles não
sabem se continuam na faixa de segurança ou se voltam, quer dizer, há um
desconhecimento da população quanto às leis de trânsito. A faixa de segurança
em outras cidades desenvolvidas - em Brasília, por exemplo -pertence ao
pedestre; se o cidadão botar o pé na faixa de segurança, o condutor tem que
parar o seu veículo.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ismael, em primeiro lugar, os nossos
cumprimentos pelo Projeto que oficializa o Campeonato de Bocha no Clube
Independente, esse Clube que tem uma história ligada a Porto Alegre. Que bom
se, no circuito de visitação, as entidades que representam a história de Porto
Alegre pudessem passar e mostrar parte da história de Porto Alegre dentro do
nosso Clube, do qual também sou sócio.
Ver. Ismael, quanto ao seu Projeto que trata das
faixas de segurança, eu também acho que ele é muito interessante, muito
importante, e tomara que seja feita em cima dele uma grande divulgação no
sentido de doutrinarmos não só os pedestres, mas também os condutores, porque
realmente há uma falta muito grande de educação do nosso povo em relação à
finalidade ou às finalidades das faixas de segurança. Quero, então,
cumprimentá-lo pela idéia do Projeto.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado, nobre
Vereador.
Há mais um Projeto. Através de um Projeto de
Resolução, estamos denominando o estacionamento desta Câmara de Soldado
Expedicionário Arthur Lourenço Stark. Foi o único porto-alegrense que tombou
nos campos de batalha da Itália, talvez tenha tombado justamente há 61 anos,
ontem nós comemoramos a tomada de Monte Castelo, uma batalha importante que
inseriu a grandeza e a participação do nosso Exército na conquista e na vitória
da 2ª Guerra Mundial. Descreve Rubem Barbosa: “O povo brasileiro deve ter plena
consciência de que, se grande parte do mundo usufrui hoje de um bem supremo que
é a liberdade, participamos de forma direta dessa conquista” - por intermédio
do nosso Exército e principalmente dos nossos praças - “vamos nos preservar no
mesmo espírito e no mesmo caminho para que nossos filhos e netos possam abrir
com orgulho, no futuro, os livros de História e dizer: ‘Não traímos os bravos
de Monte Castelo. O exemplo da Força Expedicionária Brasileira ficou para
sempre’”.
Até hoje não há nenhuma denominação de rua em
Porto Alegre com o nome desse soldado, não há menção nenhuma na história de
Porto Alegre, foi o único porto-alegrense bravo que tombou na 2ª Guerra
Mundial, ele nos delegou a obrigatoriedade de defendermos a liberdade e a
democracia, como ele defendeu, doando a sua própria vida. Obrigado, Srª
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço a fala
do Ver. José Ismael Heinen.
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Verª Margarete
Moraes, na presidência dos trabalhos, na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste nas galerias
e pela TVCâmara, senhoras e senhores. É com grande satisfação que venho hoje a
esta tribuna em tempo de Liderança do PDT, Partido que integra esta Casa com a
Bancada de seis Vereadores: Verª Neuza Canabarro, Ver. Nereu D’Avila, Ver.
Ervino Besson, Ver. Mario Fraga; Ver. Dr. Goulart, Presidente desta Casa; e
este Vereador. Venho trazer um relato à cidade de Porto Alegre de um importante
feito que se concretizou na data de hoje, que teve a sua discussão debatida e
fomentada no ano passado. No dia 7 de julho, enviei uma carta do nosso
gabinete, por meio da assessoria, solicitando especial atenção à Escola Três de
Outubro, em função de visita feita em atividades promovidas por essa escola,
por estar sensibilizado com os seus problemas. A escola se localizada na
Capital e é de responsabilidade estadual.
Em setembro, eu recebi do gabinete do Secretário
Fortunati o Ofício nº 2.276, informando que havia sido encaminhado a Juncor um
processo para a liberação de recursos. E hoje de manhã, às 9 horas, estive lá
na Escola, e, com muita alegria, assinamos a Ordem de Serviço, na presença da
Presidente do CPM, Srª Ana Cristina Kieling; do Deputado Osmar Severo; do
Secretário Fortunati; do Secretário Substituto de Obras, Sr. Flávio. A Ordem de
Serviço liberou o valor de R$ 239.328,88 para essa escola com o seguinte
objetivo (Lê.): “Recuperação, constando da reconstrução dos passeios públicos;
desmonte da cobertura e reconstrução, conforme novo projeto; substituição dos
forrinhos; troca do sistema de coleta e condução das águas do telhado;
substituição de pisos; demolição de alvenarias, divisórias; substituição de
revestimento de paredes, pinturas; reinstalação de fiação elétrica; revisão da
cobertura do prédio anexo; recapagem da cancha poliesportiva com polimento,
demarcação e instalação de equipamentos; demolição e instalação de
equipamentos; demolição do muro atual, reconstrução com painéis em concreto
armado pré-fabricado, execução de laje pré-moldada”.
Então, acho que esse é um momento muito
importante, quero registrar aqui os cumprimentos a toda essa construção, ao
Secretário Fortunati, pois todos sabem do compromisso que o nosso Partido tem
com a Educação e a necessidade veemente da escola, que completa este ano 122
anos e que estava realmente necessitando de reparos; há 11 anos ela não via uma
obra ocorrer. É com muita alegria que nós, da comunidade da Zona Sul -
Vereadores da nossa Bancada e outros Vereadores que atuam nessa comunidade -,
trazemos essa notícia, que sempre nos empolga, e sabemos que a comunidade está
tendo um retorno direto. Essa obra terá um prazo de execução de 120 dias.
Portanto, é com muita alegria que nós queremos
deixar aqui os nossos cumprimentos, também para a Julie Gamboa, Diretora, pelo
trabalho que tem feito. Este ano, com muito esforço, estão conseguindo colocar
mais uma classe de 1ª série e mais uma classe de 3ª série no colégio. Nós
sabemos que muitas pessoas da região passaram pelo Colégio Três de Outubro, que
é, talvez, a escola mais antiga do bairro Tristeza. É com muita alegria que nós
comunicamos, sim, a liberação da verba, cerca de 240 mil reais através da
Secretaria de Educação do Estado e da Secretaria de Obras para a recuperação
dessa importante escola da Zona Sul. Fica este registro, no momento oportuno. E
também ressalto aqui, mais uma vez, o compromisso que nós, do PDT, temos com a
causa da Educação, o Partido sempre carregou essa bandeira e, com muita
responsabilidade, tem levado à frente essa que talvez seja a ferramenta mais
importante para o desenvolvimento da nossa sociedade: a educação. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Convido o Ver.
Haroldo de Souza a assumir a presidência dos trabalhos, a fim de que eu possa
me manifestar no período de Pauta.
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE MORAES: Exmo
Sr. Haroldo de Souza, que assume a presidência neste momento preliminar de
discussão de Pauta, eu queria, em primeiro lugar, estabelecer um diálogo com o
Ver. Claudio Sebenelo no que diz respeito ao PLCL nº 002/04, que é um Projeto
de Lei proibindo, nos órgãos ou entidades da Administração Pública e
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos, o desconto em folha de
pagamento em favor de agremiação partidária.
Discordo absolutamente dessa idéia do Ver.
Claudio Sebenelo, com muito respeito e muita amizade, porque a instituição do
desconto em folha é a maneira mais transparente que nós temos de dar
sustentabilidade aos nossos Partidos. Nada mais justo para os filiados de algum
Partido que têm um cargo público por indicação desse projeto, dessa idéia,
assim como aconteceu no nosso Governo da Administração Popular, assim como
segue acontecendo no Governo Fogaça, no Governo Rigotto. Inclusive, nós tivemos
o depoimento, Verª Sofia, de um assessor jurídico da FASC, dizendo que a FASC estava
subdividida entre os CCs do PPS e os CCs do PTB, que assim se organizava a
FASC. Nós queremos contribuir, sim, com o nosso projeto, com a nossa idéia de
Partido.
Também quero dizer que, mesmo que este Projeto
do Ver. Sebenelo passe e seja aprovado, nós, do Partido dos Trabalhadores - e
tenho certeza de que o PCdoB e o PSB também -, continuaremos mantendo desconto
dos filiados através de outro instituto. Acho que não é justo esse Projeto do
Ver. Claudio Sebenelo.
Depois, queria dialogar com o Ver. Alex da Banca
a respeito do Projeto que permite o tráfego de táxis nos corredores de ônibus
com a finalidade de prestar socorro à população em casos de emergência. Acho
que a intenção do Vereador é boa, ele teve a melhor das intenções, mas, na
prática, infelizmente, Ver. Elói, isso não se viabiliza, porque é difícil que
os táxis possam trafegar nos corredores de ônibus. Tenho a impressão de que
causaria muito mais confusão no trânsito da nossa Cidade.
Por fim, o último Projeto que quero comentar é o
do Ver. Carlos Comassetto, Projeto de Resolução nº 015/06, que concede o Prêmio
de Jornalismo Carmem da Silva à radialista Beatriz Fagundes. Quero dizer que
não existe neutralidade. Todas as pessoas têm o direito e têm o dever de ter
uma visão, uma concepção de vida, uma concepção de mundo. Isso pode acontecer
na ciência, na política. Em qualquer profissão as pessoas sempre têm uma visão,
não existe neutralidade na vida. Esta Câmara expressa pluralidade.
Agora, o que não dá para permitir é o jornalismo
ofensivo, o jornalismo que não é sério, que inventa coisas, que agrava as
pessoas, que tem preconceito, o preconceito de classe. Isso acontece muito no
Rio Grande do Sul. Não é o caso da Beatriz Fagundes, ela é uma jornalista
séria, arguta, irônica, mordaz, tem agudeza e inteligência de espírito. É uma
mulher que faz um trabalho muito sério. Agora, é evidente, ela tem uma
concepção de vida, ela se coloca ao lado dos deserdados, dos oprimidos, tem uma
visão muito própria. Na questão do desarmamento, quando participamos da votação,
ela, ao contrário da Bancada do Partido dos Trabalhadores, era a favor do
armamento. Ela tem personalidade própria, tem as próprias idéias.
Então, cumprimento o Ver. Carlos Comassetto pela
bela idéia. É muito merecido que possamos homenagear e reconhecer o papel de
mulheres no jornalismo que fazem um trabalho que tem um conceito, que tem uma
idéia, que é sério e coloca todos os lados da questão. Parabéns, Ver. Carlos
Comassetto. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
(A Verª Margarete Moraes reassume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
um Requerimento.
O SR. NEREU D'AVILA (Requerimento): Verª Margarete Moraes, segunda-feira,
numa reunião de Mesa e Lideranças, eu já falei sobre este assunto, mas queria
encaminhar oficialmente agora, porque houve uma nova notícia. O Jornal do
Comércio do dia 17, na página 23, refere-se à proposta de Emenda Constitucional
do Deputado Pompeo de Mattos, que é a PEC nº 333, que, caso aprovada, fará com
que a Câmara Municipal de Porto Alegre perca recursos na ordem de oito milhões
de reais. Ou seja, a PEC diminui a receita bruta da Câmara de 5% para 4,5%. A
previsão de 58 milhões para este ano, no Orçamento, já não está atendendo a
todas as situações da Câmara - V. Exª foi Presidenta e sabe - por causa da Lei
de Responsabilidade Fiscal. A Emenda traria prejuízo à Casa. Vamos deixar bem
claro para os telespectadores que estão nos assistindo: não é para pagamento
dos Vereadores, os Vereadores estão vinculados a subsídios dos Deputados
Federais e Estaduais. Isso é interesse da Câmara como instituição.
Hoje há novas notícias de Brasília. Escutei o Relator dessa PEC dizer que ela deve ser votada até abril - e estão correndo as Sessões de Pauta lá no Congresso, são quarenta Sessões - e que, na semana que vem, depois do carnaval, haverá uma Audiência Pública em Brasília para a oitiva de entidades, inclusive com o próprio Tribunal Superior Eleitoral. Foi o TSE que determinou que houvesse cinco mil e tantos Vereadores no País, que aumentou em três Vereadores esta Câmara, a qual não solicitou em nenhum momento. Ninguém aqui solicitou o aumento do número de Vereadores. Agora, quando os interesses do funcionamento orgânico da Câmara estão em jogo, a Câmara tem de tomar providência.
Então, este Requerimento, Vereadora, é para que a Mesa Diretora, da qual V. Exª faz parte, juntamente com o Presidente, convide o nobre Deputado Pompeo para vir a esta Casa debater conosco essa situação, que é uma situação real que vai ocorrer, porque - só para concluir, agradecendo a tolerância de V. Exª - a Deputada Yeda Crusius também emendou essa PEC nº 333, que é do Deputado Pompeo, no sentido de que cada Câmara no Brasil tivesse vinculada as suas receitas à potencialidade econômica dos Municípios, o que é absolutamente correto. Então, é só para dar publicidade do Requerimento, nobre Vereadora, que já foi Presidenta e conhece bem os escaninhos do funcionamento orgânico da Casa e que agora faz parte da Mesa, para que haja esse convite, a fim de que tomemos conhecimento de toda essa situação e participemos dessa discussão.
Eu
entendo que é boa em alguns aspectos a Emenda Constitucional, a PEC nº 333, no
sentido de que o mínimo de Vereadores não seja nove - que o Tribunal Superior Eleitoral
determinou -, que passe para sete. Em outros aspectos, como no caso da Câmara
Municipal de Porto Alegre, vai haver prejuízo. E para ficar claro para a
opinião pública: não há nenhum interesse individual ou de classe dos 36
Vereadores a respeito dessa matéria. É do interesse da instituição Câmara.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Está
certo, Vereador, eu passarei o seu Requerimento ao Ver. Dr. Goulart, nosso
Presidente, que certamente encaminhará para a Mesa essa discussão. Acho que é
muito relevante. Eu agradeço a sua manifestação.
O
SR. NEREU D'AVILA:
Agradeço a gentileza de Vossa Excelência.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Exma Srª Presidenta da Casa, momentaneamente, que é a nossa Vice-Presidenta;
Exmos Vereadores, quanto a este Projeto que separa o faturamento dos
Partidos com o desconto dos servidores e dos Vereadores da folha de pagamento,
ontem eu tentei
explicar a matéria de uma forma que pensei ser didática, mas, por falha minha,
talvez não tenha sido muito claro. Não gostaria de usar outros argumentos que
não fossem aqueles do bom senso, não quero pecar pelo exagero.
A Verª Margarete Moraes, que indiscutivelmente é
um dos distinguidos talentos desta Casa, sabe que existem coisas fundamentais
na sociedade, que são os símbolos da sociedade. Pierre Bourdieu fala muito
disso e tem um livro sobre simbologia, talvez seja ele um dos maiores
pensadores. Existem alguns símbolos, e eu tomei dois símbolos ontem. O primeiro
foi o que, em Sociologia, se chama de patrimonialismo, que é a superposição dos
bens da União aos do Partido que a governa; o que foi, na minha opinião, um dos
equívocos do atual Governo e do Partido dos Trabalhadores desde então. Isso eu
disse ontem. E o Partido dos Trabalhadores, o Presidente da República, os
Vereadores e os Presidentes que se sucedem na Casa são pessoas públicas
sujeitas à crítica, e a crítica foi feita nos termos mais elevados possíveis.
Isso não sou eu que digo, está escrito.
A segunda questão é que esse Projeto tem este
simbolismo: o de separar as questões do Estado, as questões da instituição
oficial, das questões partidárias. O interesse do Partido tem que ser feito
particularmente, entre o seu filiado e o Partido, não pode ter como
intermediário uma instituição. E essa é uma regra de conduta, de avaliação de
conduta dos Governos. Essa separação tem que ser estanque, inclusive tem custos
esse desconto. Se o desconto do Partido for feito direto na conta do filiado,
bastando apenas uma autorização, o custo será pago pelo filiado ou pelo
Partido. Quando ele passa a ser feito na folha de pagamento, há custos da folha
de pagamento feitos e pagos pela instituição Câmara Municipal. Nós queremos
apenas separar isso. Não há nenhum outro ganho político a não ser isso. E,
quando eu falo em simbolismo e em patrimonialismo, eu tento - ontem tentei de
todas as maneiras - mostrar que esse Projeto contempla o simbolismo com o
patrimônio.
Por fim, quero dizer que a coisa mais simbólica
que embasa esse Projeto foi um dos maiores erros simbólicos cometidos neste
País nos últimos trinta anos. Nos jardins do Palácio da Alvorada, há uma
estrela vermelha na grama, como se o Palácio fosse propriedade ou fosse o lócus do Partido dos Trabalhadores, como se
não houvesse uma mistura desse símbolo - com todo o respeito -, desse
importante símbolo partidário, político, que é a bandeira do Partido dos
Trabalhadores. Houve essa confusão. É a mesma confusão que se faz quando se
descontam em folha, dos funcionários, as contribuições partidárias, que devem
ser descontadas na conta bancária de cada um dos funcionários, e não na folha
de pagamento. Essa separação é simbólica e representa, indiscutivelmente, a
vontade de uma Casa que representa um povo na separação estanque, indubitável,
entre os Partidos, seus interesses, seu faturamento e a Câmara oficial, como
Poder, como instituição com suas obrigações.
Essa divergência que nós temos - eu tenho o
maior respeito pela opinião da Verª Margarete Moraes, a quem eu prezo muito -
pode ser apenas uma questão de ordem política, mas a questão simbólica é
definitiva. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço a manifestação do Ver. Claudio Sebenelo.
O Ver. Raul Carrion
está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete Moraes, que coordena os trabalhos da Casa
neste momento, demais Vereadores e Vereadoras, quero, em primeiro lugar - pois
existem muitos Projetos, e é natural no início do ano, Ver. Bernardino, que os
Vereadores encaminhem Projetos -, fazer referência ao PLL nº 285/01, que tem um
Substitutivo do Ver. Dr. Goulart, o qual é originalmente da Verª Maria Luiza,
do PDT, autorizando o Executivo a implantar quatro postos de atendimento 24
horas nas áreas de maior densidade populacional: Zonas Norte, Sul, Leste e
Oeste.
Nós, Ver. Dr.
Goulart, inclusive encaminhamos, na feitura do Orçamento, em primeiro lugar da
LDO, uma Emenda exatamente nesse sentido, ou seja, que, nos quatro anos, um
posto de saúde em cada uma das regiões fosse instalado. Na negociação da LDO, o
Governo, através do Secretário da Fazenda, solicitou que a Emenda fosse
encaminhada na votação do Orçamento e não na da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, alegando que seria o local adequado, e se comprometeu a
endossá-la. Infelizmente, quando chegou a hora - inclusive denunciamos aqui
naquele dia -, o Secretário da Fazenda quis condicionar o apoiamento à nossa
Emenda, que era justa, à retirada de uma Emenda da minha colega de Bancada, Verª
Manuela d’Ávila. Evidentemente, eu não aceitei, por ser uma chantagem do mais
baixo nível, e denunciei aqui desta tribuna, dizendo que doravante não
negociaria mais com esse senhor, o Secretário da Fazenda, porque ele não
honrava a palavra dos compromissos assumidos. Portanto, tenho, evidentemente,
que apoiar a iniciativa da Verª Maria Luiza, da sua Bancada, Ver. Maurício, e
agora com o Substitutivo do Ver. Dr. Goulart.
O segundo Projeto do
qual gostaria de tratar rapidamente é o Projeto do Ver. Claudio Sebenelo que
proíbe aos órgãos ou entidades de Administração Pública e concessionárias o
desconto em folha de pagamento em favor de agremiação partidária. Eu considero
esse Projeto, além de inconstitucional e inorgânico, descabido. Primeiro, eu,
pessoalmente, lutei por mais de vinte anos neste País para ver liberdade
democrática e para ver liberdade partidária. O meu Partido - o nosso Partido,
Verª Manuela - completa este ano, no dia 25 de março, 84 anos de vida e, desses
84, 61 anos sendo perseguido, 61 anos na ilegalidade. Portanto, como vou agora,
numa democracia que conquistamos - e não só o meu Partido -, admitir que o
cidadão não possa, de livre e espontânea vontade, Ver. Maurício, descontar para
o seu Partido? Isso é uma ingerência na liberdade partidária, é uma ingerência
na liberdade individual e é uma ingerência ainda na competência do Executivo,
pois cabe a ele autorizar ou não. Então ele é, no conteúdo, equivocado e é, na
forma, equivocado. Esperamos que o Vereador repense, retire o Projeto. Certamente
a sua intenção é outra, é incorreto esse Projeto.
E eu queria apoiar
também o Projeto do Ver. Oliboni que cria o Conselho Municipal do Artesanato.
Temos trabalhado essa realidade também, vamos estudar com carinho, consultar as
entidades, mas cremos que seja positivo.
Queríamos
também nos referir a dois Projetos da Verª Manuela, da nossa Bancada. Um deles
dispõe sobre a utilização de viadutos e muros das escolas públicas municipais
para aplicação da arte em grafite. Grafite não é pichação, grafite é arte,
grafite é cultura, e, com isso, vamos impedir, inclusive, as pichações, porque
estaremos com obras de arte. O outro Projeto da Vereadora institui um programa
municipal de fomento ao teatro e à dança para a cidade de Porto Alegre. Em boa
hora vêm essas duas iniciativas.
A Srª Manuela
d’Ávila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Apenas para colocar, Ver. Carrion, que justamente no momento em que se
cria o Disque-Pichação, que é uma iniciativa positiva da Prefeitura, nós também
temos que criar alternativas para não recair no erro de penalizar os jovens não
propondo alternativas para eles. E o Secretário Kevin Krieger já se declarou um
parceiro desse nosso Projeto, para podermos, de fato, acabar com as pichações,
mas oferecendo alternativas para a nossa juventude.
O SR. RAUL CARRION: Perfeitamente. Certamente o conjunto desta Casa dará apoio, a sociedade
dará apoio. E mais: não existe espaço vazio em política e não existe espaço
vazio no muro;
se não tiver nada ali, alguém irá colocar uma pichação, um cartaz. Com o
Projeto, nós teremos arte, essas pessoas poderão desenvolver a sua iniciativa,
a sua veia artística.
Infelizmente, não comentamos outros importantes
Projetos de outros Vereadores, mas teremos oportunidade de comentar e
contribuir. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço ao
Ver. Raul Carrion.
A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
nós tivemos algumas manifestações, recentemente, com relação à Pesquisa Mensal
de Emprego do IBGE, que faz as mais valiosas pesquisas com relação ao emprego,
com relação ao desenvolvimento do nosso País. Estranhou-me profundamente a
surpresa dos nossos veículos de comunicação, dos nossos Parlamentares a
respeito de um dado que, há muitos anos, é evidente: há 27% de jovens sem
qualquer atividade, sem trabalho, sem estudo, sem qualquer alternativa no nosso
País. Nós sabemos, Verª Mônica Leal, que esse não é um número novo. Na
realidade, a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE transforma em números uma
realidade, há muitos anos, existente.
Há muito tempo, nós temos trazido a esta tribuna
a constatação de que 47% dos desempregados deste País são jovens de até 24 anos
de idade. Se formos trabalhar com índices com idade superior a essa - porque em
alguns segmentos que trabalhamos até 29 anos somos jovens -, esse número se
transforma em um percentual ainda maior. Portanto, essa surpresa, esse espanto
evidencia não o desemprego ou a falta de atividade da juventude, mas a falta de
conhecimento dos nossos governantes, dos nossos Parlamentares, dos nossos
veículos de comunicação com relação à realidade da população brasileira. Esse
espanto, essa assombração dos 27% sem atividade, todo esse entusiasmo em
debater - se é positivo, porque acordou muitos segmentos - é uma preocupação
antiga dos movimentos juvenis, que há muito dizem que, se não buscarmos
perspectivas agora para essa juventude, em dois, em três, em quatro anos, será
tarde demais.
É
inevitável que a gente debata de onde surge esse desemprego, de onde surge essa
falta de ocupação. Não surgirá por que os nossos jovens, em um determinado
momento da sua vida escolar, tem que optar entre o mundo do emprego e o acesso
à educação? É daí que surgem os 27% sem acesso a nenhuma atividade. Em
determinado momento eles, com certeza, saíram da escola para trabalhar. Só que
esse trabalho, esse posto de trabalho não foi mantido. O que nós temos que identificar,
o que nós temos que passar a construir, a pensar é como envolver essa parcela,
esses 33 milhões de brasileiros, no projeto de desenvolvimento nacional. O que
nós temos que pensar é em como inserir a juventude gaúcha nesse chamado pacto
de desenvolvimento, choque de crescimento que a FIERGS, a Assembléia e uma
série de setores estão propondo, porque eles não estão envolvendo essa
significativa parcela excluída. O que nós temos que ter é a plena convicção de
que não existe espaço para empregar 47% dos desempregados brasileiros enquanto
este País não crescer. Não existe como haver empregos para esses brasileiros,
enquanto tivermos as taxas de juros que sufocam a produção brasileira e que
fazem com que as nossas indústrias não cresçam e, portanto, não empreguem.
Agora, além disso, ter a consciência de que não
é qualquer emprego, qualquer atividade que serve para essa juventude. Nós
queremos que eternamente os nossos jovens tenham que optar entre sair da escola
ou permanecer na escola não trabalhando, ou nós queremos programas ousados? Eu
ouvi recentemente que o Programa Primeiro Emprego não existia. Eu quero dizer
que no nosso Estado existe um dos programas, em implementação do Governo
Federal, mais avançado, chama-se Escola de Fábrica. Por quê? Porque consegue
conciliar o acesso à educação. A permanência na sala de aula é condição para se
estar empregado, mas também emprega, profissionaliza e contrata, porque nós não
temos mão-de-obra qualificada para alguns setores.
Quando qualificamos a nossa juventude, essa
juventude consegue espaço no mercado de trabalho, mas a sua qualificação
profissional passa por não ser um jovem semi-analfabeto, passa por conseguir
concluir o seu Ensino Médio, e não engravidando como acontece com 30% das
jovens que saem da escola, mulheres que engravidam e que, portanto, saem. A
qualificação passa por políticas públicas de juventude, como nós temos há muito
tempo falado, que incluam a juventude para pensar, para formular, para executar
essas políticas, o que não vem acontecendo na nossa Prefeitura Municipal, por
quê? O Projeto mais ousado que o Secretário Mauro Zacher implementou, o
Pró-Jovem, recebe críticas do seu próprio Partido, quando, na realidade, essa
foi e é a atitude que merece que todos nós parabenizemos o Secretário, porque é
o Programa do Governo Federal implementado pela Prefeitura que mais atende
jovens do nosso Município.
Então, temos de ter claro: não adianta nos
chocar com números que não são novos, são velhos, antigos, números que existem
há muito tempo; há pelo menos dez anos no nosso País a maior parte da juventude
não tem emprego. Nós temos que, imediatamente, incluir a juventude para debater
o desenvolvimento deste País e deste Estado, porque, neste momento, com esse
debate, o desenvolvimento gaúcho mais uma vez se esquece de incluir a
juventude, as suas perspectivas e, portanto, a perspectiva deste Estado nessa
mesma discussão. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O jovem Líder
trabalhista do PTB, Ver. Maurício Dziedricki, está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Exmo
Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
o que me traz à tribuna em tempo de Liderança é o Projeto de Lei do Legislativo
nº 318/05, de nossa autoria, que trata da criação de uma linha de ônibus
inter-hospitalar. É um exemplo que eu trago de algumas capitais do Brasil que
já vêm dando proveito àquelas pessoas que precisam de um acesso imediato à
Saúde, de um contato direto com os hospitais da rede pública, pessoas que têm,
na continuidade do seu tratamento, a oportunidade de uma condução específica. O
Projeto beneficiará toda uma população que busca não somente atendimento, um
leito, remédios, que passa por diversos postos de saúde, de hospitais, mas que,
acima de tudo, busca uma oportunidade do contato imediato, do acesso direto, da
urgência que os problemas de saúde têm na vida das pessoas.
Fui a Curitiba falar com o Secretário Municipal
dos Transportes, e ele alertou que o fluxo imediato, diário, é de
oitocentas pessoas por dia, fazendo com que seja uma linha extremamente
procurada. Em Porto Alegre, a linha fará o contato com os nossos maiores
hospitais, permitindo ao Executivo ter uma nova política de trânsito aliada à
Saúde, numa dessas ações transversais, e o compromisso do Prefeito Fogaça foi
de levantar, nas suas Secretarias, ações concretas para aquelas pessoas que
mais precisam de política.
E aqui quero fazer um
levantamento com os nossos Vereadores: quantos são os gabinetes que recorrentemente
são procurados em busca de um leito, em busca de remédio, em busca de
oportunidade de tratamento de saúde? Aquelas pessoas que buscam são vítimas do
despreparo do serviço público, por muitas vezes falta-lhes uma passagem de
ônibus para ir ao hospital, visitar um parente, buscar o contato com a saúde.
Então, a criação dessa linha se resume à facilitação que pretendemos levar para
o serviço de saúde aliado ao serviço de transporte público.
Para os Vereadores
que ajudam, que viajam ao Interior, que constroem um Partido, como eu tenho
feito ultimamente, por ser da Executiva Estadual do meu Partido, esta realidade
nos provoca muito no Interior do Estado: as pessoas vêm à Capital buscar saúde,
as pessoas vêm aqui e, por muitas vezes, são vítimas de um clientelismo que
existe nesses currais eleitorais, da politicagem. Alguns Prefeitos, alguns
Vereadores do Interior usam e abusam da máquina pública, fazendo as
ambulâncias, que deveriam ser para o tratamento das pessoas na cidade, de
ônibus, de lotação para a Capital.
Esse Projeto prevê a
passagem dessa linha de ônibus também pela Rodoviária, fazendo com que aquelas
pessoas que buscam a Capital tenham condições de chegar em Porto Alegre e não
se sintam sozinhas, não se sintam deslocadas, não precisem pedir apoio, que
saibam que, lá na frente exposto, existe uma linha inter-hospital, para que
possam embarcar e, com certeza, chegar a um atendimento imediato de Saúde.
A política de
clientelismo, essa verdadeira politicagem, não me serve mais, e este foi o espírito
de construção desse Projeto: que o acesso à Saúde seja facilitado. Já de
imediato, numa pré-avaliação, o Secretário da Saúde achou por bem esse Projeto,
tanto quanto o nosso Vice-Prefeito, que é médico e conhece a dificuldade de
acesso.
Mas eu clamo aqui aos
nossos Vereadores, que têm em seus gabinetes a procura pela ficha de ônibus para o acesso
a um hospital, para a oportunidade de levar alguém ao hospital, de visitar
alguém no hospital, a compreensão de que esse Projeto não depende somente do
nosso apoio, ele depende prioritariamente da nossa fiscalização. Que a Saúde
seja realmente a pauta, para as pessoas nos nossos grupos de Terceira Idade,
prioritária e que ingresse em todas as outras áreas da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre, porque saúde é educação, sim; saúde passa pela habitação, saúde
passa pela qualidade dos serviços de infra-estrutura também. Que nós, numa ação
integrada, tiremos a população de Porto Alegre da condição de vítima da máquina
pública, tiremos aquelas pessoas que nos visitam em busca da saúde da condição
de vítimas dos aproveitadores que fazem do translado da saúde uma máquina de
votos. E que tenhamos, aqui em Porto Alegre, realmente efetivada uma linha
fazendo o trajeto inter-hospital, tenhamos a compreensão de que isso vale a
pena, porque leva saúde à população de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres Pares, o assunto que me traz em Liderança do Partido da
Frente Liberal é o que está hoje como notícia nos jornais: trata-se do nosso
Deputado Federal Onyx Lorenzoni. Depois de três instituições terem comprovado a
falcatrua do Partido dos Trabalhadores quanto à assinatura do seu presidente,
querendo calar a voz parlamentar do nosso Deputado nas CPIs, denunciando-o à
Comissão de Ética, hoje a quarta e última e definitiva instituição, que é o
laudo da Polícia Civil do Distrito Federal, confirmou,
Ver. Dib, que a assinatura de S. Exa. Tarso Genro realmente é falsa.
São coisas que a
gente não entende. Um Partido usar esse expediente e mandar justamente para uma
Comissão de Ética usando assinaturas falsas... Talvez eu não entenda mais o que
seja ética, ou o Partido dos Trabalhadores talvez também não entenda.
Presidente de um Partido, Ministro da República, encaminhar uma denúncia com
assinatura falsa a um Conselho de Ética... Isso nada mais é, nada mais foi do
que uma tentativa de intimidar os Parlamentares que estavam denunciando as
falcatruas num momento histórico da maior corrupção da nossa Nação, em que
todos nós sabemos, as criancinhas sabem, as pessoas humildes sabem que um monte
de gente recebeu, de forma indevida, dinheiro público.
O que me constrange,
depois de tanto tempo, é não sabermos ainda claramente, aliás, confessadamente,
de onde partiu essa montanha de dinheiro para comprar votos, para comprar
Parlamentar. Tentaram encaminhar diversos Parlamentares para a Comissão de
Ética para que eles calassem, para que eles parassem de pesquisar as
falcatruas, e um deles foi o Deputado Onyx Lorenzoni, que, do primeiro ao
último dia, numa conduta homogênea, imparcial, do ponto de vista de cobrança
daqueles que realmente devem explicações à sociedade brasileira, denunciou
aqueles que receberam, mas, principalmente, aqueles que doaram dinheiro público
para campanhas eleitorais de forma ilícita e, principalmente, a compra de voto
de Deputados... Mas nunca, meu amigo Líder do PT, precisamos forjar uma
assinatura do nosso Partido. Ética, pelo o que eu entendo, é o contrário do que
está acontecendo na nossa República.
Eu não tinha lido,
segunda-feira, a revista Isto É, quando eu falei que “Lulinha”, o filho pródigo
da República, da Nova República, filho de Sua Excelência, o Presidente, se
associou à Telemar, recebendo cinco milhões, quer dizer, ficando milionário de
um dia para outro. Agora, a revista Isto É desta semana denuncia que ele recebe
mais cinco milhões para poder fazer propaganda da sua empresa nos meios de comunicação.
Ética é o que o Deputado Onyx Lorenzoni faz, ética é o que os Deputados, como
Ônix, e há muitos no Congresso Nacional, fazem, Deputados que querem a verdade,
que querem a culpabilidade, porque a impunidade tem que ser varrida deste País.
Temos que armar processos para que isso não mais aconteça. Agora, não é com
falsas assinaturas, com intimidações a quem apura que nós poderemos chegar ao
bem comum, aliás, a um razoável entendimento. Esse é o meu protesto por
quererem calar as palavras dos Parlamentares. A Onyx Lorenzoni e aos Deputados
que, combativamente, continuam na trincheira a cobrar essas denúncias o meu
aplauso, o meu reconhecimento.
(Revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação
de Líder.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; prezados colegas Vereadores, Vereadoras, público que nos
assiste, o ano de 2006 é decisivo do ponto de vista da definição de um projeto
nacional que avança e da retomada de um projeto para o Rio Grande do Sul, para
resgatar o Rio Grande do Sul da penúria em que se encontra.
Quero-me referir hoje aqui a dois importantes
veículos de comunicação do País: primeiro, a Folha de São Paulo, que traz a
análise e o desempenho do Governo Lula; segundo, a Revista Voto, que traz a
primeira pesquisa para Governador do Rio Grande do Sul e também faz o
lançamento do Sr. Feijó pelo PFL para Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
(Mostra a Folha de São Paulo e a Revista Voto.)
Eu começaria justamente com uma frase do Feijó -
todos conhecem esse dirigente empresarial que tem a sua postura política muito
bem definida como um homem de direita, que defende o Estado mínimo: “O Estado
pode ser administrado como empresa, e arrisco afirmar que o Governo Rigotto é o
pior dos últimos dez anos na história do Rio Grande do Sul”. Quem está dizendo
isso não é um Partido de esquerda, não é um homem de esquerda, é o PFL, que faz
parte do Governo Rigotto, é o candidato a Governador do PFL. O Sr. Feijó,
Presidente das Federações das Indústrias, está dizendo que o Governo Rigotto é
o pior dos últimos dez anos no Rio Grande do Sul.
E a mesma Revista traz a primeira pesquisa
eleitoral, que, na sua simulação de espontaneidade, coloca em todas
possibilidades, em primeiro lugar, o ex-Governador Olívio Dutra; em todas as
possibilidades, nas pesquisas estimuladas, coloca Olívio Dutra em primeiro
lugar! Isso não é uma montagem, não é uma simulação. Se o setor empresarial, se
a direita do Rio Grande do Sul está dizendo que o Governo Antônio Britto é o
pior dos últimos dez anos, obviamente que está fazendo... Desculpem-me, é o
Governo Rigotto, mas inclui o Britto, porque o Britto também está dentro dos
últimos dez anos. Então, o que nos resta analisar? Que o Rio Grande do Sul
exige mudanças, mudanças numa visão progressista, até mesmo porque, se pegarmos
o setor industrial do Rio Grande do Sul, representado pelo Sr. Feijó, veremos
que é o último Estado em crescimento industrial no Brasil. Enquanto o Brasil
cresceu 6,2% na política industrial, o Rio Grande do Sul cresceu 1,52%! Este é
o Governo que está aí, o Governo que enterrou o Rio Grande do Sul!
Ao mesmo tempo, o que nós temos hoje num dos
jornais de maior respeitabilidade da Nação brasileira, a Folha de São Paulo? O
Governo do Presidente Lula está com 76% de aceitação, entre “ótimo”, “bom” e
“regular”. Quem está dizendo isso é a população brasileira, quem está dizendo
isso é a Nação brasileira. O Governo está com 76% de aprovação e vence, em
todas as possibilidades, no 1º e no 2º turno todos os adversários políticos
liberais que hoje o combatem.
É o Governo que fez o maior enfrentamento:
enfrentou a revolução no processo educacional, mais de 120 mil jovens receberam
o Bolsa-Estudo; são 3,5 milhões de profissionais ou de trabalhadores com
carteira assinada; a menor pontuação na história do País no risco-país; a maior
valorização do real. Temos de avançar, é verdade, temos de avançar muito, mas
quererem negar os avanços sociais, os avanços políticos e os avanços econômicos
do nosso Governo Federal...! O Governo está se propondo a fazer reformas,
reformas profundas, e só não as fez em maior número porque não teve base de
sustentação no Congresso Nacional, principalmente pela visão conservadora que
lá está e que boicotou todos os processos de avanços, de reformas assinaladas
pelo Congresso Nacional.
Para concluir, Sr. Presidente, faço um registro:
quanto a essas pesquisas, a tendência é aumentar mais a aceitação do Governo
Federal e o seu desempenho, inclusive na disputa do processo eleitoral. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Vereador.
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO
DE SOUZA: Sr.
Presidente, Vereadores e Vereadoras, em todo princípio de temporada, em todo
começo de ano, o sonho de cada um de nós é que as coisas se modifiquem,
principalmente nos Parlamentos. É o quinto ano que eu estou na Casa como
Vereador, e as coisas continuam iguais a quando eu cheguei aqui. Aqui se fala a
respeito de tudo, discute-se a respeito de tudo, faz-se palanque eleitoral.
Como agora, há instantes, a respeito da Revista Voto, a respeito do Governo
Rigotto, como se o Partido dos Trabalhadores ainda reunisse moral para falar
dos outros, de administrações dos outros.
Com este Governo que nos apresentou o Sr. Lula,
eu achei que o grupo pertencente ao Partido dos Trabalhadores fosse se colocar
em uma posição de estratégia - com algumas exceções, Verª Margarete Moraes. O
Partido dos Trabalhadores tem excelentes figuras em seus quadros, mas o alto
comando do PT - José Dirceu, Lula, Delúbio... Onde é que vocês encontram ainda
moral para falar do Governador Rigotto, de dar força ao Feijó, que é uma
“metralhadora giratória”, para onde ele vira está criticando? E só agora estou
sabendo por que o Paulo Feijó sempre foi um alto crítico dos políticos, só
agora fiquei sabendo! Porque ele tem pretensões ao Palácio Piratini! Então, a
política continua como dantes, igualzinha. Todos aqueles que criticam, e muito,
estão de olho num cargo público no dia seguinte, ou num futuro bem próximo.
Agora, o que me assusta é que o Partido dos
Trabalhadores ainda se ache no direito de condenar e de criticar alguém
moralmente, depois de todas as bandalheiras que aconteceram no ano passado, que
estão aí ainda pipocando, e o povo nem mais acompanha o que está acontecendo
porque saturou! Toda semana nós temos novas denúncias; a última do “Lulinha”,
de novo sendo auxiliado pelo Governo Federal, o filho do Lula; o pagamento de
um dinheiro através do caixa-dois, ou da caixa do dinheiro do Fundo de Partido,
que nada mais é senão dinheiro público para pagamento de uma empresa de três
petistas! Esperem aí... A Câmara Municipal de Porto Alegre, ou qualquer outra
Câmara, não foi feita para isso! Ela foi feita para discutir os assuntos da
cidade de Porto Alegre, para tentar resolver os assuntos de Porto Alegre.
Na Sessão de hoje, por exemplo, o que nós
fizemos aqui de proveitoso até o presente momento, senão críticas a este ou àquele
e o uso da tribuna para palanque eleitoral? Principalmente por parte daquele
grupo que, se tivesse um pouquinho só de vergonha na cara, só um pouquinho,
guardaria as suas armas, suas posições e suas opiniões para daqui a um tempo
mais. Mas parece que os integrantes do PT entendem de povo brasileiro bem mais
do que nós, porque sabem que o povo esquece rapidamente e que nós já estamos
esquecendo de tudo que aconteceu no ano de 2005 na política nacional.
Agora, se o Partido dos Trabalhadores se acha
ainda com moral de falar do Governo Rigotto, depois de tudo que aconteceu nas
Administrações anteriores do PT, é sinal de que, precisamos, sim, de uma
reforma política neste País, mas de uma reforma a fundo e não aquelas de
brincadeira, tipo Aldacir Oliboni, também do Partido dos Trabalhadores, com o
seu Projeto a respeito de nepotismo, sabendo ele que todos nós somos contra o
nepotismo! E queremos votar não a meia-sola que ele colocou aqui no seu
Projeto, mas o solado inteiro, que é do Ver. Luiz Braz, para pegar todos, para
que todos que praticam o nepotismo realmente sejam atingidos, não só uma
pequena parcela, e o Ver. Aldacir Oliboni faz, a partir de agora, a sua
campanha eleitoral em cima do nepotismo... Mas que coisa lamentável! A política
é assim?! Esses joguinhos rasteiros e sujos...?! Por que esse Projeto aqui, se
isso virá de cima? Vem de lá o Projeto a respeito do nepotismo em âmbito
nacional, em âmbito federal! Nós estamos aqui para votar, não o Projeto
meia-sola do Ver. Oliboni, mas o Projeto inteiro do Ver. Luiz Braz! É para
pegar todo o mundo, sim. Porque, para fazer as coisas pela metade, já basta
este Governo Lula, que nem pela metade fez. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, na forma do art. 229 do Regimento, estou
solicitando a V. Exª autorização para usar o tempo de Liderança para falar
contra o mau uso da Comunicação de Líder.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): À disposição, Excelência.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu acho que nós perdemos muito tempo - e eu já disse isto aqui na
segunda-feira - utilizando Comunicação de Líder para assuntos que não dizem
respeito ao art. 229 do Regimento Interno, que diz (Lê.): “O Líder, a qualquer
momento da Sessão, exceto na Ordem do Dia, poderá usar da palavra, por cinco
minutos, sem aparte, para comunicação urgente e de excepcional importância,
submetendo o assunto preliminarmente à consideração do Presidente dos
trabalhos”.
É claro que fiquei sabendo, por intermédio da
Comunicação de Líder, que a assinatura do Dr. Tarso Fernando era falsa. É claro
que tomei conhecimento daquilo que está na Folha de São Paulo e na Revista
Voto, as estatísticas... Ora, pelo amor de Deus, Sr. Presidente, nós perdemos
muito tempo, e não sou o único a falar isso. A Comissão de Justiça, atendendo a
Requerimento deste Vereador, disse que, realmente, Comunicação de Líder deve ser
feita na forma do art. 229: assunto urgente, inadiável, e não para discutir
ações do Governo Federal, do Governo Rigotto, que nem são relativas à cidade de
Porto Alegre e não requerem urgência! De repente, há uma agressão deste contra
aquele, de Partido contra Partido, o que não conduz a nada!
E nós já perdemos uma hora! Como disse o Ver.
Haroldo, agora, da tribuna: o que fizemos até agora a não ser discutir a Pauta,
que é importante? E, a partir daí, estamos em Comunicação de Líder. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA.
MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras, senhores, há situações nesta Casa que passam para os
telespectadores, que nos assistem em suas casas, a impressão de que existem
aqueles que têm ideologia e existem aqueles que estão acima disso - ficam
olhando e não têm nada a influenciar, estão aqui por mero acaso. Ora, acho que
devemos mostrar à sociedade a grandeza, e a grandeza tem de partir do
pressuposto individual, coletivo; não podemos achar que a inteligência das
pessoas que nos assistem é uma inteligência medíocre. Aqui todos nós temos,
espero que sim, o nosso programa de Governo! Quando nos apresentamos para a
sociedade, viemos dentro de uma elaboração que deveria ser muito mais coletiva
do que individual. Bom, cada pessoa representa e tem a sua mística, a sua
característica para melhor representar o seu projeto. Agora, há algumas pessoas
que vêm aqui que parecem que estão acima do bem e do mal, que fazem uma crítica
destrutiva que não ajuda a democracia, é como se passassem por aqui apenas para
fazer uma crítica.
Ora, eu quero tecer dois comentários; o primeiro com relação ao desconto partidário. Eu quero dizer que sou favorável e que, em toda minha história partidária - 25 anos, fui da Bancada do Partido dos Trabalhadores e agora integro o Partido Socialista Brasileiro -, faço esse desconto em folha. Eu defendo isso como uma questão de pluralidade, de clareza, para que a ação pública possa estar fiscalizando. Isso não significa que nós aceitamos a prática daquilo que desconstitui um Partido ou um programa de Partido. Não se está aqui, quando defendo isso, com práticas abusivas como temos visto em nível federal, às vezes em nível local. A prática desse exercício que fizemos vem apenas reforçar, inclusive está no cerne daquilo que nós consideramos que deveria ter sido a reforma política, que infelizmente não aconteceu, não acontece e nem vai acontecer neste momento em nosso País.
Um
outro assunto que eu queria trazer é com relação - não pude falar em Pauta - ao
Projeto do Ver. Elias Vidal. E, de forma respeitosa, quero fazer uma crítica. O
Vereador faz um Projeto quase nas normas da Lei Seca, em que criminaliza, traz
a culpabilidade inteiramente, ao menos no teor do seu Projeto, com relação aos
bares, aos comerciantes da cidade de Porto Alegre. O Vereador já trouxe um
Projeto anteriormente... Parece que ele está querendo colocar o bem público,
como é a questão da Câmara de Vereadores, numa marcha para a sua religião,
quando quer uma especificidade em relação à questão religiosa. Nós já
superamos, quando tivemos uma ditadura eclesiástica, quando da Inquisição da
própria Igreja Católica; já passamos por isso. E, agora, ele traz uma
criminalização para os bares em relação à bebida como se ele fosse a melhor
pessoa do mundo, fala aqui como se todos nós não tivéssemos parte, e nós somos
defensores de parte. Nós defendemos, sim, que tem que haver as instituições
fortes fiscalizando, que é o que não acontece na cidade de Porto Alegre; agora,
nós não vamos aceitar a santa inquisição de um Projeto, como o do Ver. Elias
Vidal, um Projeto eleitoreiro, mal-intencionado com aqueles que dão emprego
para esta Cidade e que não podem ser responsabilizados. Eu tenho certeza de que
a Frente Popular e as Bancadas de outros Partidos democráticos não vão aceitar
essa pecha de fazer de Porto Alegre um segmento fechado, temos de ter um olhar
democrático, em que todos tenham vez e todas as partes sejam respeitadas.
Obrigada,
Sr. Presidente, amanhã teremos outra Sessão e, com certeza, estaremos novamente
com mais dados e também dando opinião sobre esse assunto.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado. A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero fazer um
rápido registro sobre uma importantíssima notícia que saiu na impressa
brasileira e, seguramente, na imprensa de muitos outros países no dia de ontem.
Estamos num momento de mundialização da tecnologia, da informação, com
facilidades de viagens e intercâmbios, e isso, se por um lado propicia a
difusão do conhecimento, da integração entre os povos, facilita também a
integração da criminalidade, da criação dos Estados, entre aspas, paralelos,
dos crimes transnacionais como o tráfico de armas, de seres humanos, a
pedofilia e inúmeras outras atividades extremamente abomináveis que se
desenvolvem à margem de Estado. Então, nesse sentido, eu queria, na condição de
militante durante a minha vida inteira da garantia dos direitos das crianças e
dos adolescentes, registrar a participação das entidades não-governamentais do
Governo brasileiro, de várias instituições dos três Poderes na luta contra a
exploração sexual das crianças e a pedofilia, que gerou uma ação em onze
Estados brasileiros. Eu acho que dar visibilidade a esse tipo de crime é
fundamental para o seu enfrentamento, é fundamental para o comprometimento das
instituições públicas desnudar essa realidade e criar a prevenção a esses
crimes e a punição de todos os envolvidos.
Eu
também queria retomar, aqui, algumas atividades de algumas políticas que estão
em andamento na nossa Cidade, lembrando que segue a feira de material escolar,
que é um espaço que permite a compra do material escolar a preços mais justos.
Aproximadamente, 51 mil pessoas já passaram pela feira, ela continua até o dia
8 de março, portanto acho que é um espaço importante para os consumidores, para
as famílias que, nesta época do ano, têm que acrescentar ao seu orçamento
doméstico as despesas com material escolar, o que onera bastante os orçamentos
familiares.
Também gostaria de salientar que a Secretaria da
Cultura conseguiu finalizar o acordo com a Artesania Talaverana para a
restauração da Fonte Talavera. A Fonte infelizmente foi danificada num ato
público ocorrido na frente da Prefeitura, um ato lastimável que realmente pôs
triste todas as pessoas que defendem a preservação da história e do patrimônio
cultural da nossa Cidade.
E também quero trazer, como ações extremamente
positivas, as ações desenvolvidas em relação às populações de rua. Uma das
áreas centrais que há muito tempo tem sido espaço das populações em situação de
vulnerabilidade, dos moradores de rua, é a região do Centro da Cidade, a
exemplo da Praça da Matriz, as populações ficam expostas às intempéries, sem
condições de recuperar a sua dignidade, as suas condições de cidadania. Nesse
sentido, as ações em relação às populações de rua do Centro da Cidade, da Praça
da Matriz, são ações importantes para o resgate da cidadania daquelas pessoas.
Eu ainda queria me referir a uma série de
atividades desenvolvidas na área ambiental, exatamente de recuperação dos
espaços verdes da nossa Cidade, e destacar entre elas uma temática que foi
trazida muitas vezes aqui que se refere às áreas que circundam a Perimetral - o
Projeto original realmente tinha deixado devastadas áreas que inclusive eram
florestadas.
Quero também colocar como positivas as
iniciativas da PROCEMPA, que têm garantido cursos de informática à população de
baixa renda, a pessoas com situação de risco e a pessoas com dificuldade de
acesso a tecnologias como são apresentadas hoje. O que se constitui, portanto,
um instrumento importante de inserção digital, conseqüentemente criando mais
possibilidade para as pessoas portadoras de necessidades especiais terem acesso
a esses cursos e poderem, através deles, se integrar também no próprio mercado
de trabalho.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Verª Clênia Maranhão.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, a cidade de Porto Alegre perdeu, com o tempo, o
seu Centro; o Centro passou a ser periferia. Aquilo que antigamente era um shopping aberto, onde as pessoas
passeavam, divertiam-se, tomavam cafezinho e discutiam futebol, hoje é uma das
mais decadentes regiões da Cidade, onde um grande
número de vigaristas, picaretas e batedores de carteira fica no cordão da
calçada, e as empresas recém-abertas - um novo veio fantástico que é a
aplicação de dinheiro na cidade de Porto Alegre - colocam na Rua da Praia, a
cada passo, alguém com um santinho ou papelzinho oferecendo empréstimo,
banalizando o empréstimo, como se fosse uma coisa que não precisasse pagar, que
não tivesse juros e que fosse um presente dado às pessoas, especialmente aos
aposentados e às pessoas mais ignorantes! Essa prática na Cidade, poluente, de
mau gosto, é acompanhada de um cheiro insuportável de sujeira, de urina e
outros odores menos suportáveis. Porto Alegre precisa de uma reformulação do
Centro, esse Centro que já foi a nossa ambição comercial, onde comprávamos o
que havia de melhor na Cidade, quando tínhamos dinheiro, e onde nos
divertíamos, e onde havia inclusive cinemas de Porto Alegre.
Denominei uma rua de
Horácio Castello, que foi um senhor que trouxe as grandes produções
cinematográficas da década de 50 e que contribuiu culturalmente, de forma
fantástica, para que a sétima arte viesse até a nossa Cidade, transformasse os
nossos sonhos de consumo e de beleza em realidade e moldasse, às vezes de uma
forma não muito saudável, o incentivo aos modismos, entre eles o do cigarro, o
das vestimentas e, fundamentalmente, do way of life americano.
Hoje nós temos uma
notícia magnífica: está-se reincorporando em Porto Alegre a fundação do antigo
cinema Capitólio, que está sendo reformado e que vai voltar aos seus tempos de
fulgor e de pré-estréias à meia-noite de sábados, que nos anos 40 e 50
dominavam a Cidade.
O Cento da Cidade - e
talvez possamos considerar Centro da Cidade a Rua Demétrio Ribeiro, esquina com
a Av. Borges de Medeiros - vai ter no Capitólio a volta, como talvez um
primeiro sintoma de recuperação do Centro da Cidade, daquela magia antiga do
cinema, em que havia um ritual fantástico, desde chegar em casa, tomar um banho
e pôr a melhor roupa para ir até um cinema, estacionar o carro, descer e ir ao
cinema com um amigo, com a esposa ou com a namorada, depois sair de lá,
debatendo, discutindo os temas propostos pelas fitas. E há a ânsia de rever não
só um filme, mas outros filmes que ali passaram, que faziam da nossa juventude
e da nossa maturidade o encantamento da imagem trazida pelo cinema, e agora o
cinema Capitólio nos possibilita uma renovação. Essa renovação se faz através
de um grupo que está tornando o cinema Capitólio um cinema de Primeiro Mundo,
não só de Primeiro Mundo, como vai trazer atrações também nessa área, fazendo
cursos, cinemateca e fazendo, principalmente, uma instituição voltada à sétima
arte, àqueles que gostam dessa magia da representação do cinema, em que a
direção é discutida, é discutido o ator, o tema. Isso faz com que tenhamos
agora essa esperança, essa espera ansiosa de voltarmos ao velho Centro da
Cidade, aos seus velhos cinemas, especialmente aos sonhos de uma geração, de
várias gerações que passaram pela Rua da Praia com todos os seus cinemas, que
era a nossa pequena Broadway,
que era o nosso pequeno shopping ao ar livre e que era o nosso pequeno
encantamento de todos os fins de semana.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart ): Muito obrigado, Vereador.
Havendo quórum,
passamos à
Passo
a apresentar-lhes um Requerimento do Ver. Sebastião Melo, para o qual é
necessária a votação. (Lê.) “Prezado Presidente, ao saudá-lo cordialmente,
venho através da presente, com fulcro no Regimento Interno da Casa, requerer
seja submetido aos colegas o meu pedido de Licença nos dias 1º e 02 de março e
no período de 07 a 16 de março próximo. O presente pedido decorre de estarmos
internamente no PMDB realizando uma prévia nacional para a escolha do candidato
do Partido à Presidente da República, sendo um dos candidatos o Governador
Germano Rigotto. Estando no momento exercendo a Presidência da Comissão
Executiva Estadual do PMDB, visto o nosso Presidente, Senador Pedro Simon,
estar se dedicando a percorrer o Brasil, juntamente com nosso candidato, a
intensidade de tarefas vem se avolumando, na medida em que se aproxima o dia 19
de março, data da prévia. Assim, para melhor exercer os encargos da Presidência
de meu Partido e intensificar a minha dedicação ao processo eleitoral interno,
é que solicito a presente Licença nos períodos acima referidos. Na certeza do
encaminhamento de meu Requerimento por parte de V. Exª, desde já agradeço.
Atenciosamente, Ver. Sebastião Melo.”
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Sebastião Melo.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente,
Ver. Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, encaminho
favoravelmente o Requerimento do Ver. Sebastião Melo. Encaminho saudando-o em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores pela singularidade do
Requerimento, pelo inusitado, talvez, do Requerimento, porque a realização de
prévias no PMDB é uma novidade importante na política brasileira. Parece-me que
o próprio PSDB e Partidos que não têm a tradição da participação massiva das
suas lideranças nas decisões começam a incorporar práticas bastante salutares,
e são práticas que combinam com os nossos desejos de constituição de Partidos
com nitidez programática, Partidos que tenham projetos para o Brasil, Partidos
que se constituam num corpo de idéias, de militantes que mantenham uma
coerência em todos os lugares em que atuam. O PMDB especificamente é um Partido
bastante partido, e parece-me que esse movimento de prévias ajuda a democracia,
ajuda o debate político, ajuda a compreensão do País, dos debates e dos
projetos em discussão.
Saúdo o Ver. Sebastião Melo, por mais que
tenhamos profundas divergências de visão de Governo. E ele se refere, muitas
vezes, aqui ao antigo MDB, como se ele existisse, com seus ideais e
compromissos. Eu louvo porque sei que o Ver. Sebastião Melo é um militante que
investe na organização partidária, no debate partidário e tem feito um grande
esforço para que o seu Partido tenha coerência, tenha programa e projeto.
Eu só lamento, Ver. Sebastião Melo, que um dos
principais requerentes à vaga de concorrente à Presidência da República seja o
nosso Governador - já em licença - Germano Rigotto, porque fica bastante
difícil compreender que projeto ele representa para o País ou quer apresentar
para o País. O seu programa, o seu trabalho aqui no Estado - por mais que eu o
respeite como cidadão, como Governador e como uma pessoa bastante afável -
representaram, de fato, quatro anos de atraso no Rio Grande do Sul, com
absoluta falta de consistência no Governo, falta de unidade no Governo, falta
de capacidade propulsora. E, lamentavelmente, é mais grave do que isso: ele
reproduz algumas políticas características do novo PMDB, Ver. Sebastião Melo,
que é o PMDB que se manifestou no Governo Britto, o PMDB que tem compromissos
neoliberais, sim, o PMDB que governa, mesmo com um Estado empobrecido, com
isenções ficais, com renúncias ficais para grandes empresas e que aprofunda
desigualdades, que aprofunda a dificuldade do Estado em produzir desenvolvimento,
porque não redistribui renda, porque não produz no Estado o desenvolvimento
harmônico de todas as suas regiões. O volume de renúncia fiscal é gritante e é
indignador. Traz indignação para os funcionários públicos, para os
agricultores, para os movimentos sociais.
O Estado teve uma gestão de choro, uma gestão de
inoperância, uma gestão bastante protegida pela mídia, porque a sua gestão na
Segurança Pública é um desastre, é um desgoverno, é uma imperícia. A própria
Polícia causou mortes pela imperícia, pela falta de formação, pela falta de
preparo, pela falta de capacidade de gestão. A redução do contingente da
Polícia Civil, da Brigada, a desarticulação absoluta entre esses dois órgãos,
entre a inteligência e ação ostensiva, teriam causado muito mais comoção e
alarde na imprensa se fosse no Governo Olívio. A Segurança é um desastre, e tem
uma grande proteção o Governo Rigotto.
Então, essas prévias, se são saudáveis, ainda
que prévias com representação não da base do PMDB, mas de quem tem cargo, de
quem tem mandato, de quem é representante, significam um grande esforço que o
PMDB faz para fazer um debate partidário.
Se o Governo Rigotto, na minha avaliação, não
representa para o Brasil uma alternativa, pelo menos faz e cumpre esse papel de fazer o PMDB discutir-se, discutir o seu projeto
de País, para quem sabe encontrar uma nitidez, encontrar um rumo e ajudar na
democracia, ajudar no belo debate democrático que teremos neste ano, quando o
Governo Lula se apresenta com números muito favoráveis, porque o resultado do
seu Governo para a autonomia e desenvolvimento do País está nítido.
Então, parabéns, Ver.
Sebastião Melo, por se dedicar a essa tarefa. Desejo sorte, desejo que o PMDB
reencontre as suas origens e ajude a construir um País mais democrático, mais
igualitário.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Ver. Sebastião Melo, senti-me na
obrigação de fazer este breve encaminhamento para dizer ao colega e aos demais
colegas que vou sentir a sua falta, a sua presença valiosa nesta Casa. O senhor
tem sido um Parlamentar de posições aqui dentro, de coerência, de luta, às
vezes não estamos juntos; na imensa maioria das vezes sempre, mas o mais
importante é a sua postura aqui.
Quero dizer que
compreendo o seu pedido de Licença nesta Casa, porque a causa é nobre e
necessária no momento político nacional. Acho que essa tarefa a ser enfrentada,
a que V. Exª se lança com o seu Partido - e eu sou insuspeito de falar sobre
isso porque o meu Partido, o PPS, não participa da base do Governo Estadual, a
maioria dos meus companheiros, inclusive, saiu do PMDB -, essa empreitada do
PMDB do Rio Grande do Sul com a liderança do Governador Rigotto é necessária no
quadro nacional hoje, porque nós estamos ameaçados de ter uma sucessão
presidencial em que o debate não será o futuro desta Nação, mas, sim, o debate
dos erros e dos grilhões do passado. Eu acho que o povo brasileiro não merece
assistir a um pleito para ter que escolher entre os neoliberais do passado, a
política de contenção de juros altos, da inflação e a política da exacerbação
dessa corrente monetária que estabilizou a moeda, mas que também trouxe o
“mensalão”. Nós estamos vendo duas correntes extremamente destrutivas: uma, no
poder, corrente do PT, liderada pelo Lula, a se preocupar em destruir FH e tudo
o que rotula como os neoliberais do FH e dos seus oito anos; e o tucanato, sem
decidir, só apresentando a mesma política que foi exercida naqueles oito anos e
que, se foi boa por um momento, por estabilizar a moeda, hoje é nefasta, algema
e põe em grilhões a economia deste País, o crescimento econômico e o desenvolvimento
nosso.
Eu
acho, meu caro Sebastião Melo, que V. Exª tem que pegar com afinco essa sua
tarefa, porque o País está clamando por uma terceira via, uma terceira posição
que seja propositiva, que não seja apenas crítica, não seja apenas destrutiva,
sem nenhuma proposta ou expectativa ou luz no fim do túnel para que nós
passemos lá. O fato de dizer “agora nós somos iguais a todos os outros
Partidos” não absolve ninguém que pecou por “mensalão”, ou que outro nome
tenha. O que nós temos que apresentar é alguém a quem não se possa colar nenhum
dos rótulos da questão da ética ou da moralidade e que, além disso - e acho,
concretamente, que o Governador Rigotto tem essas condições -, possa apresentar
ao povo brasileiro uma política afirmativa para o futuro deste País.
Por
isso, só por isso, já lhe quero dizer que me congratulo com V. Exª e dou o meu
voto a favor do seu pedido de Licença. Espero que V. Exª tenha sucesso nessa
empreitada, V. Exª e o Governador Rigotto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo, que
solicita Licença não-remunerada.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores, eu pediria licença ao Ver. Sebastião Melo para fazer algumas
especulações por trás desse seu Requerimento - o fulcro é fantástico. Eu às
vezes estranho que a Verª Sofia Cavedon, do alto do brilho da sua inteligência,
da sua competência, como uma extraordinária Vereadora, chegue ao ponto de
desfazer tanto do Governo Rigotto, do Governador Rigotto. Por exemplo, há
quanto tempo, Vereadora, acabaram-se os motins na antiga FEBEM, hoje FASE?
Nunca mais! Será que houve algum milagre? Ou o Governador também não tem
competência por causa disso? Ora, baixar a menos de 15 por mil a mortalidade
infantil no Estado é um dos melhores indicadores sociais que o Estado pode ter.
Indicadores sociais, não é só de Saúde, não! É um contexto todo de
investimentos em UTIs, em prevenção, em uma série de coisas. É evidente que o
olhar crítico do Partido dos Trabalhadores não permite enxergar essas
constatações que agora começam a aparecer, quando termina o Governo Rigotto;
inclusive estão terminando a Rota do Sol, faltam quatro quilômetros apenas.
Então, este Governo, que é tão maldito, este
Governador, que é tão malfalado pelo Partido dos Trabalhadores, pela sua
dignidade, pela sua postura, pela sua decência, claramente, abertamente abriu
mão de uma participação, de uma aliança com o seu Partido, Verª Sofia Cavedon.
Este Governador foi assediado pelo seu Partido para ser o Vice na chapa de
Lula, com parte do PMDB, num PMDB meio estranho, meio diferente, lá de cima;
forçando a barra violentamente, açodadamente e de uma forma muito incompetente,
eles conseguiram trazer para muito perto do Partido dos Trabalhadores o PMDB.
Houve mão mais poderosa: zombou deles o Brasil, isto é, o Sul se levantou e tem
uma oposição ferrenha.
Com o Ministro do PMDB, da Saúde, inclusive, foi
posto à disposição do PMDB e do Governador Rigotto o Grupo Hospitalar
Conceição. O PMDB do Rio Grande do Sul e o Ver. Sebastião Melo fecharam a
questão junto com o Governador e junto com o Senador Simon: “Não vamos ocupar
politicamente o Grupo Hospitalar Conceição”. Ou seja, a terceira instituição
mais aquinhoada do Rio Grande do Sul - a primeira é o Estado do Rio Grande do
Sul, a segunda é a Prefeitura de Porto Alegre, e a terceira é o Grupo
Hospitalar Conceição - foi dignamente rejeitada pelo PMDB do Rio Grande do Sul.
É este PMDB, e é este Governo Rigotto, que foi tão falado, tão malfadado, que
hoje já começa a apresentar bons resultados, superadas as condições climáticas
horrorosas que o seu Governo enfrentou. Superadas tantas coisas, o Governo
Rigotto fez algo extraordinário: trouxe capitais para o Rio Grande do Sul,
trouxe emprego para o Rio Grande do Sul, não mandou embora a Ford, não!
E, depois, vêm fazer proselitismo...! Nós
ouvimos todo um proselitismo em cima do desemprego... Mandar embora, atirar pela
janela dez mil empregos, por favor! Acho que fica pouca autoridade moral e
inteligência para fazer esse tipo de afirmação e de crítica a um Governo que,
com todas as dificuldades, com toda a maldita herança recebida, tem a seu favor
muitos pontos positivos. Acho que alguém deve pensar só pelo lado negativo, só
pelo lado ruim, só pelo lado funesto, porque, positivamente, houve muita coisa
boa nesses quatro anos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Sebastião Melo.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres Pares, não poderia deixar, neste momento, de trazer a
minha solidariedade a um pedido de um colega desta Câmara, um pedido que está
eivado de busca de desafios, em que o nosso colega Ver. Sebastião Melo vai ter
uma missão, uma missão grandiosa, uma missão de muita importância em relação à
sua agremiação partidária. Ver. Sebastião Melo, quero, em nome da Bancada do
Partido da Frente Liberal, desejar que, principalmente nestes dias, tenha
clarividência, que Deus lhe dê força, garra, ilumine a inteligência da qual V.
Exª é possuidor, porque o nosso Governador, com certeza, vai precisar muito da
sua dedicação e da sua competência.
Relembrando, parece-me que na penúltima revista
Veja, quando o Governo Rigotto começou a sua escalada rumo à postulação da sua
candidatura à Presidência do Brasil, ele declarou - e veio muito ao encontro do
liberalismo democrático: “Chega do dirigismo estatal na economia brasileira.”
Falou inclusive, naquela ocasião, sobre o dirigismo que começou no regime
militar. Até eu aproveito este momento para fazer uma pequena diferenciação,
nobre Ver. Sebastião Melo, porque o dirigismo estatal do tempo dos militares
era o imposto de 20%, e o dirigismo de agora, da Nova República, é de 40% de
impostos na economia privada.
Diante dessas declarações do nosso candidato à
Presidência da República, o nosso Governador Germano Rigotto, com a ajuda da
liberal democracia, não se sabe o que poderá acontecer, mas, por ser gaúcho,
por nós o conhecermos, terá, com certeza, o estudo aprofundado do Partido da
Frente Liberal, e seria de meu gosto estar junto com o Ver. Sebastião Melo na
campanha para termos um Presidente gaúcho à frente do nosso Brasil.
Portanto, concordamos com o pedido feito por V.
Exª e desejamos, Ver. Sebastião Melo, que seja feliz nessa missão tão grandiosa
que se reserva, neste momento, a Vossa Excelência. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente
desta Casa, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, é com muito prazer que venho fazer também o meu pronunciamento
favorável à aprovação desse Requerimento do Presidente em exercício do PMDB no
Rio Grande do Sul, nosso grande companheiro, Ver. Sebastião Melo.
Cedo da tarde, o nosso querido Ver. Dib nos
cobrava o cumprimento do nosso Regimento. E agora eu estava, rapidamente,
analisando, e estamos, na verdade, Ver. João Antonio Dib, incorrendo em erro,
quase todos nós, quando subimos a esta tribuna e fazemos um pronunciamento não
diretamente ligado ao Requerimento do nosso querido Ver. Sebastião Melo. Eu me
penitencio e peço licença também para seguir no mesmo erro, acreditando que os
costumes também fazem leis. Não quero jamais fazer uma crítica àquilo que V.
Exª colocou, porque reconheço que está correto. Nós é que estamos,
infelizmente, atropelando um pouquinho o nosso Regimento, quando subimos a esta
tribuna e não falamos especificamente naquilo que estamos votando e aprovando.
Nessa linha, meus queridos Vereadores, devo,
antes de qualquer coisa, como Líder do PMDB, reconhecer e agradecer aos nossos
Vereadores, àqueles que, de uma forma ou de outra, fizeram com que eu levasse
esse “apelido” de Líder, porque, na verdade, Líder desses três Vereadores eu
não posso dizer que sou. Posso apenas reconhecer que eles estão sendo bondosos
demais comigo. Nós temos, na Bancada do PMDB, um Vereador com o quilate do
nosso querido Ver. Ibsen Pinheiro, reconhecido no Brasil inteiro. E, mais uma
vez, constatadas as falcatruas do Congresso Nacional, são quase unânimes
aqueles que lá falam das injustiças que cometeram com este nosso querido amigo,
Vereador, Líder hoje também nesta Casa: Ver. Ibsen Pinheiro, um homem que foi
importante quando a Nação resolveu mandar para casa o Collor de Mello, um homem
que foi, sem sombra de dúvidas, o Deputado, o Presidente que comandou essa
decisão tão importante para nós. Temos, também, na Bancada do PMDB, aquele que
eu digo que é o campeão dos campeões, porque não conheço nenhum no Brasil que
tenha trabalhado em dez Copas do Mundo, e o nosso querido Ver. Haroldo de
Souza, este ano, completa dez Copas do Mundo. Para nós, é um orgulho muito
grande.
Ver. Sebastião Melo, há que se registrar aqui
que tanto V. Exª como o nosso Governador estão se licenciando sem remuneração.
Já ouvimos daqui desta tribuna, em outras oportunidades, críticas, dizendo que
o Governador estava fazendo campanha política quando viajava pelo Rio Grande do
Sul inaugurando obras, como se o nosso Presidente também assim não estivesse
fazendo. Mas o nosso Governador está se licenciando sem remuneração, assim como
faz o nosso querido Ver. Sebastião Melo. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Sebastião Melo.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, trata-se de um Requerimento na
forma do Regimento. Esse pedido, em outras circunstâncias, não provocaria
debate, mas, se tratando de uma matéria que envolve eleições, envolve a Direção
do Partido que, do Rio Grande do Sul, oferece uma candidatura nacional, agora
ganha significação.
Evidentemente estamos encaminhando
favoravelmente e nos valemos da oportunidade para destacar a importância do
papel que vem desempenhando o grande Governador do Estado do Rio Grande do Sul,
Germano Rigotto. Nós, do PTB - Partido Trabalhista Brasileiro -, participamos
da Administração Estadual com duas Secretarias e temos tido, segundo
estatísticas, dados e informações, um desempenho excelente. Também participamos
em outras áreas e achamos, entendemos que o Governador Germano Rigotto faz uma
excelente administração para o Estado do Rio Grande do Sul, porque ele pegou o
Estado numa situação altamente deplorável e consegue aos poucos, no andar da
administração, recolocá-lo numa situação razoável, não boa, porque ninguém o
colocaria melhor do que está sendo levado. O Governador do Estado tem feito
esforços na busca de investimentos, nem vamos discutir o que se mandou de
investimentos embora do Estado do Rio Grande do Sul, e agora essa ótica foi
invertida, fez-se a inversão dessas políticas, o que é bom para o Estado.
Portanto, este Requerimento é importante com
essa visão de que, no seu bojo, está uma candidatura à Presidência da
República. Eu não sei qual vai ser a decisão do Partido Trabalhista Brasileiro.
Também exerço aqui uma das vice-presidências do Partido Trabalhista Brasileiro
no Rio Grande do Sul e não sei qual será a definição nacional do Partido acerca
das propostas existentes, da candidatura de Rigotto, da candidatura do PSDB ou
da candidatura do PT, não saberia dizer qual será a decisão nacional. De
qualquer forma, no que respeita o nosso desejo, nós vemos com bons olhos a
candidatura do Governador gaúcho à Presidência da República. O que será
inquestionavelmente bom para o Estado do Rio Grande do Sul, independentemente
do resultado, porque coloca o nosso Estado com uma candidatura no concerto
nacional, é o Rio Grande do Sul com a sua candidatura à Presidência da
República, chamando a atenção também para toda a problemática que envolve o
nosso Estado de fronteira, duramente castigado por políticas -
independentemente dos governantes -, políticas madrastas, penalizantes, de um
Estado que tem a culpa de ser um Estado exportador e, por isso, para manter o
equilíbrio nacional, paga altos preços.
Portanto, fica aqui a nossa homenagem e a nossa
saudação ao combativo Ver. Sebastião Melo, que assume por estes dias, durante
esse período, a Presidência do PMDB. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento do Ver. Sebastião Melo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o inusitado do
fato faz com que este Vereador se pronuncie em nome de sua Bancada.
Jamais havia visto um Vereador pedir Licença
para Tratar de Interesses Particulares, no caso, para buscar promover uma
candidatura. Por isso cumprimentamos o Ver. Sebastião Melo. Foi tão inusitado o
fato que alguns até se esqueceram de que estavam encaminhando a favor, e nós
encaminhamos a favor. E mais do que isso, Ver. Sebastião: o Ver. João Carlos
Nedel, a Verª Mônica Leal e eu desejamos a V. Exª sucesso na sua caminhada, que
tenha razões para se orgulhar do que fez. Outros, talvez, não pedissem essa
Licença não-remunerada para Tratar de Interesses Particulares como fez Vossa
Excelência. Receba os nossos cumprimentos e os nossos votos de muito sucesso.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento do Ver. Sebastião Melo.
O SR. RAUL
CARRION: Exmo
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em primeiro lugar,
em nome da minha Bancada, constituída por este Vereador e pela Verª Manuela,
quero dizer que votaremos a favor do Requerimento do Ver. Sebastião Melo, assim
como sempre votamos e sempre votaremos favoravelmente um pedido de Licença de
qualquer Vereador desta Casa, de qualquer Partido aqui representado,
independente dos motivos que justificam o pedido. É um direito do Vereador
solicitar essa Licença. Se um Vereador pede Licença, ele é substituído por
outro Vereador equivalente. É um Vereador em 36, Ver. Melo, e, apesar do
brilhantismo, qualquer um dos Vereadores aqui será substituído à altura, não há
prejuízo para a Casa.
Já o mesmo não podemos dizer, nobres colegas, em
relação ao pedido de Licença do Governador Rigotto, o que, na verdade,
configurou, Verª Margarete, uma verdadeira deserção do Governo do Estado do Rio
Grande do Sul, colocando - é bom que se diga -, os interesses, Ver. Dr.
Goulart, de uma disputa interna no seu Partido sobre os interesses da
administração do Estado. Porque, se fosse para concorrer, Ver. Ervino, para a
Presidência da República, uma vez escolhido, a lei o determina. Agora, desertar
de uma responsabilidade que o povo lhe deu para disputar uma eleição interna é
deserção.
E é deserção no momento em que este Estado está
afundado em uma das maiores crises que já conheceu. A economia gaúcha cresceu
no ano passado igual a rabo de cavalo: para baixo. Para quem não sabe, o rabo
do cavalo cresce para baixo. Em relação ao crescimento da indústria, este ano
foi feita uma pesquisa em 14 Estados, e apenas dois, Ver. Marcio Bins Ely,
tiveram crescimento negativo, um deles é o Rio Grade do Sul, que foi o que teve
o maior crescimento negativo da indústria: -3,5%, para ser exato. E decresceu,
Ver. Todeschini, em 11 dos 14 ramos industriais averiguados. É um Estado, Ver.
Ismael, em que a insegurança tomou conta. Outro dia aprovamos uma Moção de V.
Exª referente à morte de um soldado da Brigada, ele estava ameaçado, e a
imprensa anunciou que as armas tinham sido retiradas dele. Um Estado onde
morrem as pessoas... Em Alvorada, conta-se por dia, e duas mãos não bastam para
essa conta. Um Estado onde, apesar das promessas de não aumentar os impostos,
os impostos foram aumentados, e isso foi uma das causas da baixa das
indústrias.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento do
Ver. Sebastião Melo. (Pausa.) O Ver. Claudio Sebenelo encaminhou, Excelência,
perdão.
O Ver. Sebastião Melo está
com a palavra para encaminhar Requerimento de sua autoria, trata-se de uma
Licença não-remunerada para tratar de interesses particulares, no caso, a
campanha eleitoral.
O SR. SEBASTIÃO
MELO: Sr.
Presidente, primeiramente eu quero fazer um adendo a este Requerimento. Eu
estaria voltando a esta Casa no dia 6, porque sou autor de um Requerimento que
se destina a homenagear o Espaço Aberto no seus dez anos. Mas muito gentilmente
o Ver. Mario Fraga fez a cedência do dia 20, então eu faço um adendo ao
Requerimento para que o meu pedido de Licença seja, de forma corrida, do dia 1°
de março até o dia 19. Quero que isso conste em Ata, e já fiz o pedido à
Diretoria Legislativa.
Também quero dizer, de forma muito singela, que
o nosso ato, Ver. João Dib, está lastreado na medida em que nosso Partido, em
convenção nacional, decidiu não apenas por ter uma candidatura própria, mas
construir uma proposta de políticas públicas alternativas para o nosso País. E,
para alegria do PMDB gaúcho, nós temos nessa disputa interna o nosso
companheiro Governador Rigotto, que é o candidato nosso, dos gaúchos, mas
respeitamos enormemente a candidatura do Garotinho, Ver. Ibsen, porque achamos
que ela deu condições para que tivéssemos uma prévia no Partido.
Os senhores conhecem a minha posição, sabem que
o MDB, na nossa avaliação, foi um gigante na luta democrática, mas, a partir de
1985, transformou-se num Partido confederado, abrindo mão de um projeto
nacional, na nossa avaliação, muito equivocadamente, e os interesses pessoais
acabaram suplantando os interesses coletivos. E nessa quadra política, Verª
Margarete, acho que o Partido faz uma retomada muito importante, que é discutir
um projeto nacional. Eu quero dizer que buscar uma aliança é normal. Por
exemplo: quando o Partido toma uma decisão de ter candidatura própria, e o
Presidente da República tenta desmantelar essa possibilidade, eu acho isso
muito ruim para a democracia. Buscar-se uma aliança, eu acho perfeitamente
natural - natural! -, mas não é o que está acontecendo nacionalmente. Nós
tivemos desafios para fazer acontecer a prévia. Temos um segundo desafio, que é
vencer a prévia, e um terceiro desafio, que é construir as políticas públicas a
favor do Brasil.
Eu quero aqui destacar, Verª Sofia, que este
Brasil, apesar de tudo, na nossa avaliação, tem jeito. Nós fomos a 8ª economia
do mundo, hoje somos a 14ª, mas só perdemos em distribuição de renda para Serra
Leoa. Este País tem os juros mais altos do mundo, 24 vezes maior que os juros
dos países emergentes! O Brasil tem crescido nas duas últimas décadas 2%, 2,5%.
E por que isso acontece? Porque o modelo adotado pelos Governos tem sido
profundamente equivocado, Governos que apostam na especulação em detrimento da
produtividade. Nós queremos governar o Brasil para mudar esse rumo.
Quando Lula ganhou a eleição, houve uma
expectativa enorme, extraordinária, de apoio popular no sentido de que ele
poderia fazer as mais profundas mudanças neste País nessa direção!
Lamentavelmente, não foi o que se viu nesses três anos, e não é isso que está
se vendo para o último ano de Governo. A gente, lendo a Folha de São Paulo, a
Zero Hora, o Correio do Povo, vê o Lula no meio dos vaqueiros, dizendo que
governa para os pobres. E aí, Ver. Dib, duas, três páginas depois, entrando na
página econômica, vemos que os bancos privados deste País, sob a gestão do
Lula, têm os lucros mais extraordinários. Então, afinal de contas, o discurso
não está de acordo com a prática!
Eu não vou fazer julgamento antecipado, Ver.
Carrion. Eu respeito a vontade popular. Eu poderia dizer que a última pesquisa
da Sensus é de alguém altamente comprometido com o Governo, que tem profundos
contratos com o Governo, que pagou essa pesquisa. Nas pesquisas da Sensus
sempre o Lula esteve bem. Mas a grande pesquisa é a pesquisa do dia da eleição.
Há um ditado popular na nossa querida Província
de São Pedro: “Não se bate em cachorro morto.” Se estão batendo no Rigotto, é
porque sabem que ele, ao ganhar a prévia, não vai ser a terceira via; ele vai
ser a segunda via, porque o PSDB e o PT estão defendendo a mesma política
econômica e social para este País.
Por isso, encerro agradecendo as manifestações,
respeitando as divergências e dizendo que para esta próxima eleição “nem um,
nem outro, o nome é Germano Rigotto”.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO pela unanimidade
dos votos.
Adendando aos senhores, para que relembrem: segundo
o comunicado feito da própria tribuna, o período requerido de Licença será
direto do dia 1º ao dia 19.
Em votação a nova ordem de discussão e votação
dos Projetos de hoje, uma vez que alteraremos a ordem apresentada. Todas as
Lideranças têm a proposição e já passaram o material para suas Bancadas.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Há
uma proposta das Lideranças no sentido de que este Vereador cite os Projetos de
denominações de ruas e demais premiações e de que, ao final disso, a matéria
seja votada em bloco.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, consulto V. Exª se não há nenhum Título dentro desse bloco, porque,
havendo Título, a votação teria de ser em separado.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não há nenhum
Título de Cidadão Emérito.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada,
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): São votações
que necessitam de maioria simples.
Em
votação a proposição de que as denominações de rua e demais premiações sejam
votadas em bloco. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
Passarei
a nominar, senhores: PR nº 119/05...
O SR. MARIO FRAGA: O primeiro
Projeto...
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não, coloquei a proposição em votação, e o
Plenário acordou que se votasse em bloco, depois passaremos ao Projeto do Ver.
Márcio Bins Ely.
O SR. MARIO
FRAGA (Questão de Ordem): Vereador-Presidente, nós, principalmente do
PDT, gostaríamos que fosse votado primeiro o Projeto do Ver. Márcio Bins Ely,
que é o acordo que está em sua mão.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Houve tempo para V. Exª se manifestar. Coloquei
o assunto em votação, V. Exª poderia ter se manifestado no momento do
encaminhamento. Como pretendemos a harmonia, vamos nos socorrer da nossa
Diretora Legislativa e ver o que podemos fazer.
O SR. MARIO
FRAGA:
Pode ser que eu tenha me enganado. Eu entendo que nos blocos estariam fora o
primeiro e o último, o resto todo seria votado em bloco.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Vamos consultar a
Diretora Legislativa a respeito. (Pausa.) A finalidade,
Excelência, foi para que pudéssemos evoluir na Pauta com mais ligeireza. Em
seguida, passaremos ao Projeto do Ver. Márcio Bins Ely, Projeto que será
discutido e depois votado. Peço, então, que nos ajude nesse sentido,
Excelência, no sentido de que se vote em bloco, rapidamente, a matéria, para
evoluirmos na Pauta e aí, sim, apreciaremos com calma os Projetos que disso
necessitem.
O SR. RAUL
CARRION (Requerimento): Ver. Goulart, eu queria fazer uma proposição no
dia de hoje. Essa nova Ordem do Dia foi distribuída só para os Líderes, e somos
36 Vereadores. Peço - e isso era costume nesta Casa - que a lista da ordem de
votação dos Projetos a serem apreciados seja, doravante, distribuída a todos os
Vereadores.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Procuraremos fazer isso, mas lembro a V. Exª
que, nos últimos seis anos, não era prática distribuir a matéria aos 36
Vereadores. O material era dado às Lideranças, que o passavam às suas
respectivas Bancadas. Não era prática isso.
O SR. RAUL
CARRION:
Eu penso que a Ordem do Dia, que é o espelho da Sessão, sempre é distribuída a
todos os Vereadores. Se há uma modificação, eu entendo que a distribuição
deveria ser para todos. Em geral a matéria consiste em uma ou duas páginas...
Às vezes, o Vereador não toma conhecimento.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): É uma sugestão que nós acataremos daqui para
frente. Mas não era esse o costume.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4291/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 119/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que denomina Bira
Valdez a Sala da TV Câmara na Câmara
Municipal de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da matéria;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6100/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 138/05, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o título
honorífico de Honra ao Mérito Atlético a Márcio Carvalho Corleta.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da matéria;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-06.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6107/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 139/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o título
honorífico de Esportista Exemplar ao atleta Alexandre de Almeida Garcia.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da matéria;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6192/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 140/05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que concede o Troféu
Destaque Zaida Jarros à Jornalista Lizemara de Araújo Prates.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da matéria;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 6248/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 141/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que concede o Prêmio
Mérito Sindical ao Líder Sindical Claudir Antonio Nespolo.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE. Relator-Geral
Ver. Ibsen Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-02-06.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação o bloco contendo os
seguintes Projetos: PR nº 119/05, PR nº 138/05, PR nº 139/05, PR nº 140/05, PR
nº 141/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2768/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 131/05, de autoria do
Ver. Márcio Bins Ely, que torna obrigatória a identificação visual dos agentes
de trânsito da EPTC, mediante nome, sobrenome, tipagem sangüínea e o número da
matrícula no uniforme.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 24-10-05.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 131/05. (Pausa.) O Ver.
Márcio Bins Ely, autor do Projeto, está com a palavra para discutir o PLL nº
131/05.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Exmo. Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; na pessoa de V. Exª quero cumprimentar os
Vereadores e as Vereadoras desta Casa; público que nos assiste pela TVCâmara,
público que nos assiste nas galerias, senhoras e senhores, é com grande
satisfação que vimos nesta tribuna hoje, na oportunidade de estarmos votando
este Projeto de Lei de minha autoria, Projeto que torna obrigatória a
identificação visual dos Agentes de Trânsito da EPTC, os “azuizinhos”.
Fundamentalmente, o Projeto surgiu de uma discussão que tivemos com o Sindicato
dos Taxistas e, também, pelo fato de presenciarmos, no cotidiano da Cidade,
realmente, essa omissão, essa lacuna no uniforme dos “azuizinhos”, que é
justamente a sua identificação.
Nós temos o entendimento
de que, fundamentalmente, os profissionais que atuam na área de fiscalização,
em contato direto com o público - citamos o exemplo dos bombeiros, dos soldados
da Brigada Militar -, devem ter uma identificação. Este dispositivo que é
utilizado, o nome de guerra, como é conhecido no quartel, no Exército, essa
identificação contribui, porque o cidadão que está sendo atendido deve poder
identificar o agente fiscalizador, ou funcionário público, o servidor que lhe
está abordando. Então, é no sentido de cumprir essa lacuna que nós oferecemos
este Projeto ao Legislativo de Porto Alegre. Uma contribuição também ao
Executivo. Em inúmeros fatos que ocorrem no cotidiano do trânsito, os
“azuizinhos” abordam o cidadão, o senhor, a senhora que estão, porventura,
cometendo alguma infração, ou para dar alguma orientação necessária. Nós
entendemos que, com a visualização na lapela, no uniforme, do nome completo e
matrícula, esse “azulzinho” vai estar bem identificado. E, num segundo momento,
se assim entender necessário, esse cidadão poderá recorrer ou poderá dar alguma
informação, de repente fazer alguma crítica, alguma sugestão a respeito daquele
agente que tem a função pública de autuar, de fiscalizar dentro da área de
trânsito.
E também o Projeto
objetiva trazer segurança a esses agentes que trabalham no trânsito. Nós, já
que sabemos que quem trabalha no trânsito hoje não está livre de, talvez, se
envolver em algum acidente, também estamos prevendo que nessa identificação
possa constar a tipagem sangüínea do agente, para, numa eventualidade - é claro
que nós não temos a intenção de fomentar o debate da eventualidade, mas sabemos
que fatalidades ocorrem -, preservar e garantir uma segurança aos fiscais de
trânsito. Nós estamos prevendo a inclusão da tipagem sangüínea, para que, em
algum eventual socorro, essa identificação possa estar visível e seja de fácil
acesso àquelas pessoas que, porventura, venham a socorrer esse agente.
Eu quero dizer também e tranqüilizar
fundamentalmente os Vereadores da base do Governo que este foi um Projeto
construído em conjunto e tem o o.k. daqueles que hoje estão à frente da
pasta da Secretaria de Transportes do Município. Portanto, temos o entendimento
de que é um Projeto que vai contribuir, é um Projeto que tramita
tranqüilamente, fundamentado também nas Bancadas que nós tivemos oportunidade
de conversar nesta Casa. Sabemos que há um entendimento de que essa é uma
lacuna importante a ser preenchida nesse momento e que pode ser suprida com a
aprovação desta lei na data de hoje. Portanto, faço essa primeira análise, num
segundo momento farei um encaminhamento, para que possamos ter o apoio da
unanimidade dos Vereadores desta Casa a este Projeto de Lei, que objetiva,
única e exclusivamente, dar a nossa contribuição à EPTC, à Secretaria de
Transportes e a esses agentes que vêm desempenhando a função de fiscalizar o
trânsito na Capital. O Projeto dá a eles a oportunidade, então, de estarem
identificados, para que o cidadão possa, quando abordado, saber com quem está
falando - nome, sobrenome, matrícula - e para que também esteja salvaguardado
das possibilidades que possam vir a ocorrer dessa abordagem.
Então, fica esse nosso apelo. Temos um Parecer
da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa favorável e das demais
Comissões também. Peço a acolhida dos nobres Pares no sentido de podermos
aprovar e estar dando essa contribuição a Porto Alegre, para a gestão Fogaça e
para a Secretaria de Transportes. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Primeiro,
informo ao Ver. Raul Carrion que nós temos recebido, Vereador, muito papel já
descrevendo todos os Projetos e todos os Requerimentos. Então, como geralmente
a gente faz esse acordo até no alvorecer da Sessão, temos distribuído para as
Lideranças, e elas deverão marcar no verdadeiro calhamaço que recebemos. Porque
assim, além de objetividade, estaremos fazendo uma certa economia de papel, que
é uma das metas da Mesa Diretora desta Casa neste período.
A SRA. MANUELA D'ÁVILA: A diferença, se
V. Exª me permite, é que esse documento - concordo plenamente com V. Exª da
necessidade de reduzirmos o número de folhas utilizadas, etc. - nós recebemos
via net, portanto ele não nos é tão necessário, porque temos acesso nos
nossos computadores, diferentemente da ordem da votação. Acho que os Vereadores
podem observar a listagem no seu computador, inclusive no laptop, porque
temos acesso a ele até de dentro do plenário, mas a ordem de votação não está à
disposição de todos, nem acessando de outro local.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Sempre que V.
Exª chegar ao plenário, estará sobre sua mesa essa ordem, e o Líder, uma vez
acordado conosco, lhe entregará, para ser marcado na sua listagem.
O SR. RAUL CARRION: Ver. Dr. Goulart,
nossa manifestação é no sentido de a gente procurar ir ajustando, estamos nos primeiros
passos. Então, não é, em nenhum sentido, qualquer crítica.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Certo.
O SR. RAUL CARRION: Mas eu queria
registrar, e até outros Líderes me colocaram a mesma questão, que os Projetos colocados como prioridade de votação para o dia 22 de fevereiro não
foram fruto de nenhuma negociação entre as Lideranças. Quero dizer que este
Líder não foi consultado em nenhum momento. Quando eu recebi isso e vi, por
exemplo, um Projeto da Verª Manuela, da minha Bancada, como eu não tinha sido
consultado, entendi que a Verª Manuela havia feito gestões, e a Verª Manuela me
manifestou que não tinha sido consultada da inserção do seu Projeto. E o Líder
também não foi consultado. Então, é uma situação que não é correta.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): É outra situação.
O SR. RAUL CARRION: Então, nós temos que, em primeiro lugar, fazer as reuniões de Mesa e
Liderança e definirmos previamente. Se não for definido previamente, que se
faça uma reunião dos Líderes, uma consulta, como é praxe, e não como foi feito
hoje. O Ver. Mario Fraga, que vai se manifestar, também me disse que não foi
consultado.
Por último, eu penso
que como o espelho...
O SR. MARIO FRAGA: Não é verdade, Presidente, fui eu quem fiz a ordem.
O SR. RAUL CARRION: Então foi a Verª Clênia que manifestou isso, desculpe-me.
Então, como o espelho
que nós recebemos é de uma série de Projetos, no momento em que haja uma
definição mais prévia, que essas duas páginas ou três, que não é nenhum
calhamaço, fossem para os Vereadores, que são 36. Às vezes, até o Líder pode
não estar presente, e, numa Bancada de sete Vereadores, como o PT, pode um
Vereador não tomar conhecimento. Então, eu acho que seria uma providência boa.
Por exemplo, eu sou Líder e recebo, mas acho que outros Vereadores, são 24, não
recebem. Depois eu vou encaminhar o Projeto.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Vamos refletir sobre sua colocação. Quero só dizer
para V. Exª que recebi esse microespelho de ajuste para o dia de hoje da mão
das Lideranças e não duvidei que as Lideranças tivessem se reunido. Talvez V.
Exª tenha estado fora e devesse cobrar de seus colegas Líderes. A Presidência
recebeu da mão das Lideranças, por isso apregoou, por isso gestou, por isso
pediu.
O SR. MARIO FRAGA: Presidente, nesse mesmo tema, só para dizer que a Casa tem se
manifestado e tem trabalhado nesse sentido, e até hoje deu certo.
Em relação ao Projeto
da Verª Manuela d'Ávila, como estamos numa instituição democrática aqui, a
gente botou um Projeto de cada Partido, e ela foi contemplado, como sempre
acontece nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Foram dadas as explicações para o meu nobre e querido Ver. Carrion.
Senhores, eu queria
também que as Lideranças, até o fim da Sessão, se manifestassem a respeito do
nosso encontro amanhã ao meio-dia, porque virão feriados pela frente, queremos
deixar já a Pauta preparada para a semana que vem. Digam-me os Líderes se
chegam a um acordo dessa reunião entre meio-dia e uma hora da tarde de amanhã.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir
o PLL nº 131/05.
O SR. RAUL CARRION: Exmo.
Ver. Dr.
Goulart, demais Vereadores e Vereadoras, a minha audácia, Ver. Dib, de vir aqui
discutir é em função do Regimento. Eu entendi que o Projeto estava em
discussão, era para isso; agora, se o Regimento é pró-forma, ou se nós achamos
que o Projeto do Ver. Márcio Bins Ely não merece a nossa intervenção, aí é
outra a situação.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Garantida a sua
palavra, Excelência.
O SR. RAUL CARRION: A Bancada do
PCdoB entende que o Projeto do Ver. Márcio Bins Ely é um Projeto simples, mas
um Projeto importante, válido. Está nas coisas simples a beleza da vida, está
nas coisas simples, às vezes, a profundidade do conteúdo. O Ver. Márcio Bins
Ely propõe aqui, por uma parte, que os “azuizinhos”, em quem nós temos a maior
confiança, e são homens que exercem a coerção do Estado - no caso “Estado” no
sentido amplo do Município -, estejam identificados, assim como os soldados da
PM devem estar identificados. Às vezes os policiais não estão identificados,
porque fazem ações, digamos, não-ostensivas, mas todo aquele que faz
policiamento ostensivo nos parece que deve ter nome e identidade. Esse é o
primeiro ponto. O segundo ponto, Ver. Dib, é para que ele tenha também a
indicação do seu tipo sangüíneo. Atuando numa área em que há acidentes, muitas
vezes eles são atropelados ou agredidos, essa medida é para que eles possam ter
atendimento.
Eu não vou usar os cinco minutos. Queria
parabenizar o Ver. Márcio Bins Ely e, com a minha manifestação, estou simbolicamente
dizendo, Vereador, que este não é um “projetinho” qualquer que a gente só bota
em votação, é um Projeto que merece a aprovação desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para
discutir o PLL nº 131/05.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
assiste pela TVCâmara, estamos aqui neste momento para discutir e encaminhar
favoravelmente este Projeto do Ver. Márcio Bins Ely, do PDT, que torna
obrigatória a identificação visual dos agentes de trânsito da EPTC.
Como disse o Ver. Raul Carrion, que me
antecedeu, o Projeto parece simples, mas eu tenho certeza de que ele é muito
importante para o futuro da nossa Cidade e o futuro da nossa relação, Ver.
Márcio Bins Ely, da nossa relação com o agente da EPTC. Nós, os Vereadores de
Porto Alegre, recebemos algumas reclamações há bastante tempo de alguns fatos
que acontecem com os “azuizinhos” da nossa Capital, em especial no Centro de
Porto Alegre, em que nós temos pouco espaço para estacionar e, sempre que temos
essa dificuldade, não conseguimos identificar o “azulzinho”.
Então, este Projeto do Ver. Márcio Bins Ely vem
a calhar nesse momento, para que possamos falar, conversar e até, se for
preciso - e espero que o não seja -, nos dirigir ao Secretário da EPTC, a fim
de que se faça algum relato da situação que aconteceu naquele momento no
trânsito, quando a gente quase sempre está com a cabeça quente. Este Projeto do
Ver. Márcio Bins Ely veio para melhorar a nossa situação no trânsito de Porto
Alegre, em especial no que diz respeito ao relacionamento com o agente de
fiscalização.
Ver. Márcio Bins Ely, receba deste Vereador os
parabéns. Hoje não parece tanto, mas tenho certeza de que, no futuro, este
Projeto seu vai valer a pena para a cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra
para discutir o PLL nº 131/05.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente, nobres colegas, este é um Projeto do colega Márcio Bins Ely,
que bem retrata um pedaço da sua vida, em que ele se dedicou ao Exército
brasileiro. Tenho certeza de que ele trouxe, no seu coração, essa observação
tão necessária aos nossos “azuizinhos”. Quero parabenizar o nobre colega,
porque nós temos que imitar e trazer para toda a sociedade os bons e
necessários exemplos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Maurício
Dziedricki está com a palavra para discutir o PLL nº 131/05.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, pretendo fazer um encaminhamento
rápido deste Projeto, que, apesar da simplicidade, vai incrementar uma boa
relação com os agentes de trânsito da nossa Capital. Queria fazer isso em nome
da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro, Ver. Márcio Bins Ely, V. Exª nos
traz uma oportunidade para discutirmos a questão do trânsito.
Nós, por muitas vezes, legislamos essa matéria,
é uma matéria que nos aproxima da realidade, da importância que se dá ao
trânsito na Capital. A identificação nominal e da tipagem sanguínea na roupa,
além de trazer benefícios num contato imediato da população com os agentes de
trânsito, permite também, em caso de acidente, em caso de uma gravidade, que
tenhamos condições de fazer um pronto atendimento àquele agente que sofreu
algum ferimento, algum acidente no curso de suas atribuições na EPTC.
Aproveitando
a oportunidade, quero fazer aqui uso da tribuna para registrar uma reunião que
tivemos ontem nesta Casa, na Comissão de Direitos, que tratou da política de
segurança no trânsito no Município, principalmente porque estamos às vésperas
do carnaval e precisamos ter, com clareza, um retorno da EPTC para dizer quais
serão as táticas adotadas para coibir a velocidade, o álcool na direção e
também sobre a questão da circulação dos automóveis nas proximidades do
sambódromo.
Este
é mais um Projeto que vem acrescentar à política de trânsito de Porto Alegre.
Apesar da simplicidade, Ver. Márcio Bins Ely, a nossa Bancada acha de suma
importância que tenhamos esse contato nominal, aproximando o cidadão da Empresa
Pública de Transportes e Circulação. Dessa forma, nós nos solidarizamos e
acompanharemos o Projeto ao longo da sua votação. Parabéns, Vereador.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Obrigado, Ver.
Maurício.
A Verª Margarete Moraes está com a palavra para
discutir o PLL nº 131/05.
A SRA. MARGARETE MORAES: Querido
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, não pretendo
usar todo o tempo, apenas quero registrar a posição da Bancada do Partido dos
Trabalhadores e cumprimentar o Ver. Márcio Bins Ely por um Projeto que, a
primeira vista, parece muito singelo, mas que tem uma grande relevância, tem
mérito, sobretudo para todas aquelas pessoas que pretendem aperfeiçoar as
instituições, a nossa democracia, porque diz respeito à transparência, à
identificação do Poder Público. Os “azuizinhos”, que já têm a função de
fiscalização, de abordagem, de autuação, de blitz, mais do que nunca
merecem essa identificação, para o bem deles e para o bem da população de Porto
Alegre. Portanto, Ver. Márcio Bins Ely, receba o nosso cumprimento e o abraço
da Bancada do Partido dos Trabalhadores por este seu belo Projeto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.Goulart): Em votação o
PLL nº 131/05. (Pausa.) O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 131/05.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente,
demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, na pessoa do Presidente quero
cumprimentar a todos, público que nos assiste, trago a esta tribuna, então, num
momento de encaminhamento, o meu agradecimento à Bancada do PCdoB, do PDT - meu
Partido -, do PFL, do PTB e do PT, que se manifestaram, e às demais Bancadas.
Por ocasião da articulação, já sabíamos do apoio que teríamos na votação deste
Projeto. Encaminho, portanto, aos meus nobres Pares, a solicitação de apoio
para a aprovação do Projeto, como foi mencionado pelos Pares que aqui nesta
tribuna se manifestaram.
É um Projeto simples, mas que, na realidade,
procura preencher uma lacuna, que é justamente essa lacuna da identificação dos
agentes de trânsito da Capital, dos “azuizinhos”. O Projeto, com muita
satisfação, tenho certeza, será aprovado na data de hoje neste Legislativo.
Fica o registro, então, do pedido de aprovação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 131/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu não poderia deixar de
encaminhar o assunto, porque, realmente, é importante. Todos os “azuizinhos”
terão crachá, o que deveria ser também semelhante ao que há na Câmara: crachá
para ingresso no plenário. E esse crachá, sem dúvida nenhuma, vai ajudar no
trabalho dos “azuizinhos” e no relacionamento com a população. Portanto, a
minha Bancada vota favoravelmente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado a
Vossa Excelência.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Márcio
Bins Ely, o PLL n° 131/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
27 votos SIM.
O SR. ADELI SELL: Eu não consegui
votar, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Registro o voto
favorável do Ver. Adeli Sell.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
4338/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 321/03, de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que institui a Semana Municipal de Prevenção e Combate à
Osteoporose no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda n. 01. Com Substitutivo n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e à Emenda n. 01 e pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao
Substitutivo n. 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Substitutivo n. 01;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Neuza Canabarro: pela
aprovação do Substitutivo n. 01;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Substitutivo n. 01;
- da COSMAM.
Relator Ver. Dr. Goulart: pela aprovação do Substitutivo n. 01.
Observações:
- prejudicada a votação do Projeto e da
Emenda n. 01, nos termos do art. 56, § 2º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 14-12-05.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PLL n° 321/03, com Substitutivo nº 01. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO por unanimidade. Parabéns.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0619/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 030/05, de autoria do
Ver. Carlos Todeschini, que dispõe sobre a organização e a integração dos
serviços públicos de segurança municipal por meio das Áreas Integradas de
Segurança Pública (AISPs) e dá outras providências. Com Emendas nos. 02, 03 e
04.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Carlos Comassetto:
pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observações:
- retirada a Emenda n. 01;
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 08-12-05.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o
PLL nº 030/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLL nº 030/05.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público presente
e assistência neste momento, este Projeto ficou como último para ser votado em
2005, e, na última Sessão, não houve quórum, por isso ele está retornando neste
momento para ser discutido e apreciado. Trata-se também de uma das ações muito
inovadoras na área de Segurança Pública.
Este Projeto tem um breve histórico como vou
relatar. Foi protocolado no início de janeiro de 2005 e trabalhado por esta
Câmara no Orçamento Plurianual, no qual estão gravados 200 mil reais para as
ações integradas, dentro do Programa Vizinhança Segura, da Secretaria Municipal
de Segurança e Direitos Humanos. Também foi feita, em novembro, uma avaliação
do Conselho Municipal de Justiça e Segurança de Porto Alegre, que emitiu
parecer favorável à implantação do Conselho. Inclusive estão aqui os representantes
do Conselho, a Srª Dileta e os demais militantes.
O Projeto de Lei, pelas suas características
próprias e inovadoras, voltadas à inclusão social e ao combate da insegurança
pública em Porto Alegre, é o que existe de mais atual em matéria de organização,
integração e harmonia entre os serviços de segurança.
Sr. Presidente, apelo a Vossa Excelência...
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Apelo aos Srs. Vereadores que retornem aos seus
lugares para que ouçamos a proposta do Ver. Todeschini. Informo que trataremos
do outro assunto no momento oportuno.
O SR. CARLOS
TODESCHINI:
Obrigado, Sr. Presidente.
No final de novembro, realizamos um seminário
neste plenário, quando a CNBB e a Arquidiocese Metropolitana reforçaram a
importância do Projeto como um elemento que afirma o estado de direito e
colabora para uma cultura de paz. No seminário, tivemos a participação de
diversas autoridades, a participação da Secretaria Municipal de Segurança e
Direitos Humanos, construímos um diálogo crítico acerca do tema, diálogo que
culminou em Emendas que buscam esclarecer as críticas sobre a
inconstitucionalidade, a geração de ônus financeiro, a forma de encaminhamentos
e detalhamentos de implantação.
Do que é constituído o Projeto, Presidente? São
ações de integração de serviços de Segurança Pública. E, diferentemente daquilo
que alguns têm alegado de forma conservadora, o Sistema Único de Segurança
Pública, aprovado pelo Congresso Nacional, prevê as ações integradas de
Segurança Pública. Assim como temos o SUS, por exemplo, assim como temos a Lei
Orgânica da Assistência Social, que são sistemas que requerem e demandam
avanços para que a sociedade democrática possa avançar de forma mais eficaz na
direção da qualificação dos serviços públicos.
O Projeto consta de cinco ações fundamentais. Ele prevê a integração das estruturas físicas da Segurança Pública, como veículos, equipamentos, imóveis, enfim, toda a demanda material que há entre Brigada Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal. O Projeto prevê unicidade de áreas, unificação da área de abrangência das competências, dos serviços, das corporações citadas. Prevê a unificação dos bancos de dados, porque esse é um instrumento fundamental, a informação para a ação das forças de Polícia. Nós não podemos admitir que se continue com ações isoladas: a Brigada Militar tem dados que a Polícia Civil não tem e vice-versa. E mais ainda: o aumento do controle público por conta do papel do Conselho Municipal de Segurança e das ouvidorias comunitárias, que vão ser agentes efetivos. E, como quinto elemento, programas para a juventude, de modo que a juventude não seja cooptada pela criminalidade, programas que atendam aqueles que, entre 17 e 24 anos, ocupam 60% das prisões, porque são cooptados pela criminalidade, especialmente pelo tráfico de drogas, que é um aliciador poderoso e um inimigo de toda a sociedade.
Então, o Projeto, senhoras e senhores, não é, ao contrário do que muitos querem argumentar, invasor das competências das Polícias. Ele prevê uma valorização e uma potencialização nos serviços de Polícia de modo a dar mais capacidade de resposta. O Projeto não tem inconstitucionalidade, como muitas vezes é alegado, porque está previsto na criação do Sistema Único de Segurança Pública, aprovado pelo Congresso Nacional, o que dá guarida aos elementos que aí estão postos. E também não invade as competências do Município. O Projeto não invade as competências do Executivo, porque estabelece regras gerais. Quem tem que determinar amiúde, na forma administrativa, é, sim, o Executivo, mas dentro da regra geral que está estabelecida, que é da necessidade de unificação das ações de Polícia.
E, para
concluir, Sr. Presidente, eu só vou citar aqui uma frase importante de uma
socióloga e pesquisadora, a Srª Julita Lemgruber, sobre as questões dos problemas
de violência. Ela diz o seguinte, quando perguntada sobre quais são os grandes
nós da Segurança Pública: “Um deles é o fato de termos duas Polícias, que
competem uma com a outra. Elas disputam espaço, poder e não compartilham ações,
o que resulta num prejuízo enorme para a Segurança”. E o pouco que está na
nossa competência, competência da municipalidade, que passa a ser um papel dos
Governos locais, do Prefeito e da Câmara de Vereadores, nós estamos atendendo
com a resposta que nós procuramos dar com este Projeto de Lei.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente,
Srs. Vereadores, senhoras e senhores, a pressa, meus caros colegas, quase
sempre é inimiga da perfeição. Este Projeto tem que ser discutido e refletido,
é necessário Casa cheia, Plenário completo para votar. Quando se discute
Segurança Pública, quando acontece uma tragédia, aqui há uma fila de
Parlamentares para falar das tragédias. Só que a tragédia é um mal feito, e nós
temos que nos antecipar aos problemas.
O Vereador proponente da matéria dá a Porto
Alegre a oportunidade de um sistema de parcerias entre instituições, para
enfrentar a gravidade da insegurança da Cidade, que não é diferente da do
Estado. Nesse final de semana, Ver. Nedel, um Prefeito de uma pacata cidade
chamada Pinheiro Grande, no centro do Estado, ficou cercado por horas em sua
casa, numa pacata cidade do interior do Estado. Aqui, diferentemente do que
fazem setores da impressa do Rio de Janeiro, não se mostram as cenas das mortes,
os retratos, por exemplo, de um jovem assassinado na subida da Grande Cruzeiro,
na Rua Arapeí, furado à bala, com 40 tiros. Foi uma notinha no jornal. Mas não
é o único caso, a insegurança chegou a todos os cantos.
Recentemente aqui lembramos um jovem de vinte e
poucos anos, filho de um importante empresário da área do transporte, morto em
Canoas, era morador daqui. Até hoje, os mecanismos de investigação não chegaram
a nenhuma conclusão, porque, inclusive, falta a inter-relação entre órgãos de
investigação, porque esse é um caso muito evidente de uma disputa que foi além
de um simples roubo de carro. Aqui, meu caro Ver. João Dib, sempre atento e
sempre presente, solicitamos uma Comissão Especial para investigar o roubo de
carros e os desmanches. Esse é um tema central.
O Ver. Todeschini está nos apresentando uma
possibilidade, um mecanismo de trabalho. Alguns aqui dizem que a lei seria
inconstitucional. É até possível se fazer esse debate, mas as modificações
introduzidas posteriormente à primeira apresentação elidem esses problemas
constitucionais, segundo minha visão. Mas, mesmo que houvesse um problema
constitucional, eu achava na discussão deste Projeto - eu pensava, quando
aprovamos há pouco a Pauta - nós teríamos 36 Vereadores falando sobre o tema. Afinal
de contas, o problema maior da nossa Cidade hoje não está sendo a insegurança?
Na Restinga, não tiraram à força pessoas das suas casas, na 5ª Unidade, fruto,
exatamente, da ação perversa do narcotráfico? Na Restinga, na Castelo, não
tinham desmanchado, roubado uma creche, que nós recuperamos e tivemos uma ação
desta Comissão de Educação, Cultura e Esportes no ano passado? Ver. Comassetto,
e o posto de saúde da Castelo? Todo demolido, uma tapera, uma tapera!
Senhoras e senhores, o problema de insegurança
em Porto Alegre é muito grave! Eu acho que me equivoquei quando pensei que 36
Vereadores falariam. Estou vendo que algumas pessoas não querem se manifestar
sobre este Projeto, não querem tomar uma decisão, mas aqui há um Plenário
atento, há telespectadores atentos, Ver. Todeschini. E, amanhã, nós estaremos
fazendo um balanço do comportamento de cada uma e de cada um pelos seus votos
ou pela sua omissão. Eu não serei omisso na questão da insegurança! A minha
presença é militante. Não apenas nesta tribuna, mas no enfrentamento cotidiano
ao crime organizado nesta Cidade, no Estado e no País, porque eu quero uma
cidade onde nossos filhos, nossos netos e as futuras gerações possam viver com
tranqüilidade. Talvez com este Projeto possamos ajudar; eu tenho certeza de que
ajudaremos nessa trilha. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Vereador.
Ver. João Antonio Dib, chegou à Mesa um
Requerimento solicitando o adiamento da discussão deste Projeto por três
Sessões. Mesmo assim V. Exª mantém sua inscrição?
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, se vai ser votado o adiamento por três
Sessões, eu acho que devemos dar o adiamento, porque muita coisa precisa ser
esclarecida.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
Em votação o Requerimento, de autoria do Ver.
Carlos Todeschini, que solicita adiamento da discussão desta matéria por três
Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Presidente, Ver. Dr. Goulart;
solicito um minuto de silêncio pelo falecimento do Sr. Omar Siqueira,
importante liderança comunitária da Cidade, conhecido de todos, lá da Vila
Gaúcha. Foi Conselheiro do Orçamento Participativo, dirigente da UAMPA - União
das Associações de Moradores de Porto Alegre -, dirigente de sua comunidade,
uma pessoa que merece todo o nosso carinho e o nosso respeito.
(Faz-se um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Goulart): Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h40min.)
* * * * *